Um grupo de motoristas e entregadores por aplicativo realizou um protesto em frente ao Palácio de Karnak, nesta quinta-feira (05). Na ocasião, eles reivindicaram políticas públicas de segurança para a categoria e cobraram justiça pela morte de um entregador na noite de quarta (04) em Timon, no Maranhão.
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Antena 10, Érico, um dos trabalhadores de aplicativo, relatou que a categoria está indignada com o crime e cobra por justiça e também para que o poder público olhe para a categoria e viabilize medidas para proteger os trabalhadores no estado.
"Do assassinato brutal de um entregador, não é o primeiro entregador, não é o segundo e vão existir mais mortes enquanto não for construída uma política de segurança pública voltada direto para os trabalhadores por aplicativos. Eles estão aqui mobilizados de forma pacífica em busca desse planejamento com a Secretaria de Segurança", relatou.
Ele também contou que a insegurança permeia as atividades dos entregadores que saem de casa e não têm garantia de que retornarão em segurança. Após a manifestação, os entregadores se encaminharam para o velório de Antônio Filho.
"Os trabalhadores saem de casa, seja motorista ou entregador e não sabe se vão retornar por conta dessa insegurança. Somos trabalhadores, buscamos dignidade e vamos pra cima até ter essa conquista", completou.
Segundo Érico, uma reunião com o Secretário de Segurança será realizada na sexta-feira (06), às 10h, para definir medidas de proteção para a categoria.
Entenda o caso
Um homem identificado como Antônio Filho, de 40 anos, foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira (04) no residencial Júlio Almeida, cidade de Timon, no Maranhão. A vítima estaria realizando uma entrega quando dois criminosos chegaram em uma motocicleta e anunciaram o assalto. Ao tentar reagir, o homem foi alvejado pelos disparos e morreu ainda no local.
Os criminosos levaram a motocicleta de Antônio e deixaram a bag para trás. A perícia identificou ainda no local que ao lado da vítima havia uma arma. A investigação vai determinar se a arma era de Antônio ou se a dupla deixou o objeto para trás.