Uma perícia preliminar do Núcleo Macrorregional de Polícia Técnico-Científica da cidade de Parnaíba, constatou que Marlene Francisca da Silva, de 59 anos, foi vítima de homicídio. O corpo da mulher estava sendo velado em uma residência no Povoado Campestre dos Tunicos, zona rural de Cocal, município da região Norte do Piauí, quando familiares perceberam sinais de violência no corpo e vestígios de sangue na casa, que morava com seu companheiro, e decidiram chamar a polícia, interrompendo a cerimônia. O caso aconteceu na última quarta-feira (15).
O Blog do Coveiro, parceiro do A10+, apurou que o viúvo, Paulo Rodrigues da Silva, se apresentou de forma espontânea nesta quinta, na sede da Delegacia de Polícia Civil de Cocal, para prestar depoimento diante da situação. A suspeita em torno de seu nome na morte da mulher surgiu quando as filhas de Marlene desconfiaram que ele não havia notificado nenhuma autoridade ou unidade médica sobre o falecimento da vítima.
Paulo Rodrigues negou as acusações que o apontam como o principal suspeito do crime. Além disso, ele apontou nomes que possivelmente teriam sido autores do homicídio. Preliminarmente, foi atestado que a vítima sofreu esganadura e espancamento, tendo sido registrado ainda hemorragia interna e externa devido perfuração com um objeto perfuro-contundente, no centro tendinoso do períneo (entre a vagina e o ânus). A perícia também confirmou a presença de manchas de sangue humano no imóvel. O laudo oficial tem um prazo de 10 dias para ser emitido.
Velório interrompido
Ao ver o corpo de Marlene, as filhas então identificaram as marcas no corpo da vítima e decidiram chamar a polícia. O velório foi organizado por Paulo Rodrigues, que na hora da chegada dos policiais não estava no local, e pela irmã dele.
"A polícia se deparou com um velório. A própria família da vítima acionou a Polícia Civil porque havia sinais de uma suposta agressão. Arroxeados no pescoço e nos braços da vítima, manchas de sangue. Iam fazer o enterro sem passar por um médico legista e aí diante dos fatos a polícia veio ao velório, em tese constatou as marcas e acionamos o IML para ver a causa morte", explicou um dos policiais.
O corpo da vítima foi levado pela equipe do IML para passar por exames onde serão esclarecidos os motivos da morte. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.