O afastamento entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro, da Venezuela, contribuiu para que o brasileiro decidisse não ir à cerimônia de posse no país, prevista para o próximo dia 10 de janeiro. A sete dias da cerimônia, o Brasil ainda não foi convidado oficialmente, mas trabalha com a possibilidade de ida da embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira.
Nos bastidores, o presidente marcou posição em não ir ao evento. O assessor-chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, que atuou em mediações internacionais durante as eleições venezuelanas, também não deve comparecer.
As indicações de Lula vêm após uma série de desconforto entre os dois países. Em julho, o presidente criticou a fala de Maduro em ameaçar um “banho de sangue” e disse que deveria haver respeito à democracia. Na sequência, o venezuelano fez uma posição indireta. Sem citar Lula, indagou como o resultado não seria respeitado pois iria vencer.
O Brasil também manteve posição para que houvesse divulgação das atas de votação, o que não aconteceu.
A confirmação da presença brasileira ainda depende dos convites, mas se volta para a embaixadora Glivânia Oliveira, atual representante brasileira em Caracas.
A vitória de Maduro foi confirmada com a apuração dos votos e pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, sob duras críticas da oposição.
Partidos que se colocaram contra o atual mandatário questionaram interferência em candidaturas e rejeitaram a vitória do presidente.
Apesar das posições, o venezuelano seguirá no comando do país por mais seis anos. Ele está no cargo desde 2013.