Antídoto contra o metanol chegará ao Brasil até o fim desta semana, diz Padilha

Brasil vai receber 2.600 unidades do fomepizol, medicamento importado com eficácia comprovada em casos graves

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta segunda-feira (6) que o Brasil receberá nesta semana um lote de 2.600 ampolas do medicamento fomepizol, um antídoto de primeira linha utilizado no tratamento de intoxicações por metanol.

A medida é uma resposta a uma série de internações hospitalares decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas contaminadas com a substância, que pode causar sequelas graves e até a morte.

  
Ministro Alexandre Padilha durante entrevista à TV Antena 10, Record Piauí Marcelo Gomes/TV Antena 10/ A10+
 
 
 

A aquisição, realizada em caráter de urgência, foi viabilizada por meio de uma cooperação internacional com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e firmada com um laboratório japonês.

Para agilizar a entrega, a farmacêutica japonesa identificou um lote do medicamento disponível nos Estados Unidos, de onde será enviado diretamente para o Brasil.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu uma autorização de importação excepcional no último fim de semana, destravando os trâmites para o transporte rápido do produto.

Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 2.500 ampolas do antídoto. Adicionalmente, o laboratório produtor fará a doação de mais 100 unidades, totalizando 2.600 tratamentos que estarão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). Cada paciente pode usar de duas a quatro ampolas.

Segundo Padilha, o antídoto será armazenado em um primeiro momento no galpão logístico do Ministério da Saúde em Guarulhos.

Após a chegada e o desembaraço em Guarulhos, o ministério iniciará a distribuição imediata do fomepizol. A estratégia definida é concentrar o fomepizol nos CIATox (Centros de Informação e Assistência Toxicológica), presentes em todos os estados.

“A decisão nossa, enquanto Ministério da Saúde, é que esse antídoto vai ficar concentrado no CIATox, nos centros de referência para toxicologia que cada estado tem, para a utilização dele ser determinada e guiada pelo médico especialista das referências de toxicologia, para orientar melhor o profissional de saúde que queira usar esse antídoto”, comentou Padilha.