Estudo científico confirma que a prefeitura paga mais de 80% dos custos dos pacientes do Hospital de Urgência de Teresina

Segundo dados da pesquisa, os números por lesões de trânsito tem aumento. Em 2022, foram registrados mais de 40 mil mortes no Brasil.

Um estudo científico confirma que a prefeitura paga mais de 80% dos custos dos pacientes do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Os dados foram apresentados à direção da Fundação Municipal de Saúde.

O levantamento é resultado de uma parceria da FMS com a Universidade Federal de Goiás e o Banco Mundial, onde apontam os custos relacionados aos acidentes de trânsito na capital.

  

Estudo científico confirma que a prefeitura de Teresina paga mais de 80% dos custos dos pacientes do HUT FMS
   

"Os dados são importantes para confirmar que o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) trabalha com um déficit: os custos dos pacientes internados por causa de acidentes de trânsito em Teresina só são cobertos em média de 11% por recursos provenientes da autorização de internação hospitalar que o SUS disponibiliza. Ou seja, os outros 89% dos custos desses pacientes são cobertos exclusivamente pela Prefeitura", explica Ítalo Costa, presidente da FMS.

O trabalho científico foi realizado por Otaliba Libânio Neto, Polyana Mandacarú e Menandes Souza Neto. Segundo o trabalho deles, o custo da internação das lesões de trânsito é um tema de relevância. Este problema não apenas afeta a saúde pública, mas também tem implicações financeiras significativas para os sistemas de saúde e para a sociedade como um todo.

Segundo dados da pesquisa, os números por lesões de trânsito tem aumento. Em 2022, foram registrados mais de 40 mil mortes no Brasil. Os mais atingidos são os homens (83%) e na faixa etária de 18 a 29 anos.

"A carga da lesão por acidente de trânsito em Teresina é muito alta, uma vez que  tem muitos motociclistas que se acidentam, gerando muitos custos para o HUT. Então precisa-se verificar a possibilidade de uma melhor conscientização da população sobre o uso de capacetes para que os números de acidentes sejam menores e consequentemente o número de dinheiro investido nessa temática", afirma Polyana Mandacarú, pesquisadora UFG.