Porteiro de unidade de saúde é preso suspeito de vender consultas do SUS em Teresina; FMS abre investigação

O servidor mantinha contatos com lideranças comunitárias e profissionais de UBSs, intermediando agendamentos irregulares mediante pagamento

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina abriu uma investigação interna após a prisão de um servidor do Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo, ocorrida nesta segunda-feira (25). O funcionário, que atuava como porteiro da unidade, é suspeito de comercializar consultas especializadas destinadas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a diretora do centro de saúde, Andreia Couto, o servidor mantinha contatos com lideranças comunitárias e profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), intermediando agendamentos irregulares mediante pagamento. Os pacientes eram inseridos diretamente no sistema de regulação, sem o encaminhamento prévio exigido pelo protocolo.

 

Fundação Municipal de Saúde (FMS) abriu uma investigação para apurar o caso
FMS

 

Durante a prisão, feita pela Guarda Municipal, o homem foi flagrado com documentos de pacientes e um carimbo de um ex-coordenador de UBS da gestão do prefeito Dr. Pessoa, supostamente utilizado para legitimar os agendamentos fraudulentos.

A presidente da FMS, Leopoldina Cipriano, repudiou a prática e afirmou que a instituição não tolera condutas ilegais: “A Fundação Municipal de Saúde não aceita esse tipo de conduta e está tomando todas as providências legais para responsabilizar os envolvidos. Reforçamos que qualquer tentativa de comercialização de serviços públicos será rigorosamente investigada e punida”, destacou.

A gestora acrescentou ainda que a FMS está ampliando as apurações para identificar novos casos de irregularidades e instaurou processos administrativos para apurar o envolvimento de outros servidores. “Seguiremos firmes na missão de garantir transparência e respeito aos usuários do SUS, assegurando que qualquer desvio de conduta seja devidamente responsabilizado”, concluiu.