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(Atualizada às 09h03)
O estudante de enfermagem, Leonardo Araújo Meira, 29 anos, preso durante operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) com R$ 3,5 milhões em tabletes de cocaína, revelou detalhes sobre o envolvimento com o tráfico de drogas. Ele passou por oitiva nessa quinta-feira (29). Em depoimento, ele revelou uma dívida de R$ 4 mil com traficantes e orientações que recebia do grupo para a entrega dos entorpecentes.
Durante o interrogatório, o homem afirmou que saiu de Imperatriz, no Maranhão, pela manhã e estava a caminho de Timon, onde esperava receber instruções por WhatsApp sobre onde deixar a carga. O suspeito relatou que nunca teve contato direto com o mandante das operações, apenas se comunicava por mensagens e era orientado a aguardar em locais públicos para receber ou entregar os entorpecentes.

Reprodução
O enfermeiro explicou que começou a fazer as viagens há quatro meses, motivado por uma dívida com traficantes. Somente no Maranhão, ele afirma ter feito quatro entregas. O jovem é estudante de Enfermagem, mas trabalha como motorista de aplicativo para complementar a renda. Ele disse ainda que usava seu carro, registrado em nome do pai, nas viagens para transportar as drogas.
“Eu estava devendo R$ 4 mil. Esses R$ 3 mil iam diminuir e ia ficar só mil. Posteriormente eu faria algo pra pagar os mil ou pagaria com o meu dinheiro mesmo de Uber. O dono [da droga], eu nunca via pessoalmente, ele só falava comigo pelo WhatsApp e mandava outras pessoas virem ao meu encontro”, contou.
O enfermeiro também admitiu ser usuário de maconha e haxixe, mas negou fazer distribuição local das drogas. Disse que nunca comercializou entorpecentes em Teresina ou municípios próximos e que seu envolvimento se restringia ao transporte para reduzir a dívida com os traficantes.
"Cada mês eu fazia uma viagem. Quanto mais a minha conta subia, eu ia lá e fazia viagem para diminuir. E também ia ganhar maconha, porque eu sou viciado, eu sou usuário de maconha e Raxixe", completou.
As entregas anteriores foram realizadas em Timon, próximo à rodoviária, sempre com orientações recebidas pouco antes da chegada ao local. Ele afirmou que não sabia a quantidade exata da droga que transportava, apenas que levaria um “caixote”, como foi instruído pelos criminosos. O valor da carga só foi revelado após a apreensão. A Polícia Civil continua investigando o caso para identificar os mandantes e receptadores da droga.
Fonte: Portal A10+