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Uma das grandes preocupações do envelhecimento é o aumento no risco de quedas. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), de 28 a 35% das pessoas com 65 anos ou mais caem a cada ano. O número aumenta de 32 a 42% para aqueles com mais de 70 anos, como o presidente Lula (PT). Além disso, as quedas são responsáveis por 40% de todas as mortes de pessoas da terceira idade relacionadas a lesões.
A geriatra Daniela Gomez, da SBA Residencial, explica que as pessoas mais velhas têm alguns fatores que aumentam o risco de quedas. “Eles [idosos] apresentam mais fatores de risco relacionados à ocorrência de quedas quando comparados aos mais jovens. Como, por exemplo: déficits visuais, redução da musculatura e fraqueza de membros inferiores, marcha mais lenta, equilíbrio comprometido e uso de medicações psicotrópicas que podem levar a tontura e sonolência”, afirma a especialista.
O presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada no final da tarde desta domingo (20), após retornar de São Paulo. Lula foi levado à unidade de um hospital particular na capital federal, onde teve seu ferimento na cabeça tratado.
Como prevenir as quedas?
Os especialistas explicam que a maioria das vezes que os idosos se acidentam é na própria casa. Por isso, algumas dicas e mudanças simples podem ajudar a amenizar o perigo.
“É muito importante que o ambiente esteja bem iluminado, que o idoso retire tapetes e evite deixar obstáculos no caminho, como fios soltos e móveis baixos. Além de que orientamos cuidados com materiais para limpeza de superfícies, para evitar que fiquem escorregadias”, ressalta Daniela.
Não deixe para depois a instalação de barras, corrimãos e fitas antiderrapantes.
“O idoso também deve tomar cuidado com escadas, que idealmente devem ter corrimão, e recomendamos usar fita antiderrapante nos degraus. Se possível, é importante instalar barras de proteção no banheiro”, orienta a geriatra.
Danos físicos e emocionais
A preocupação com as consequências de um tombo entre as pessoas mais velhas não se restringe às consequências físicas. O lado emocional não pode ser esquecido.
“Por incrível que pareça, existem tanto riscos físicos quanto psicólogos e emocionais. Com relação aos emocionais, é muito comum que após um episódio de queda o idoso desenvolva medo de cair novamente; aí ele reduz as atividades em razão desse receio, o que pode contribuir para o aparecimento de depressão e isolamento social”, alerta a geriatra.
E acrescenta: “Com relação aos físicos, podem ocorrer contusões, lesões musculares, fraturas, piora de quadro de dor crônica e traumatismos cranioencefálicos”.
Fonte: R7