Governador reafirma meta de chegar em 2025 com rebanho do Piauí livre de febre aftosa sem vacinação - Cidades
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Governador reafirma meta de chegar em 2025 com rebanho do Piauí livre de febre aftosa sem vacinação

A vacinação deste ano iniciou no dia 1º e segue até o dia 31 de maio


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O governador Rafael Fonteles disse, nesta terça-feira (16), que o Piauí está trabalhando para atingir a meta de ter o rebanho bovino livre da febre aftosa sem vacinação até 2025. Para isso, segundo ele, é importante que todos os pecuaristas do estado vacinem os animais contra a doença. A vacinação deste ano iniciou no dia 1º e segue até o dia 31 de maio. A campanha foi lançada oficialmente nesta terça-feira (16), na zona rural de Teresina. A meta é vacinar cerca de 1,8 milhão de bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias.

“O Piauí já tem tradição histórica e cultural do nosso estado na pecuária, e nós já temos um bom índice de vacinação contra a febre aftosa e a brucelose. Queremos até 2025 chegar ao estágio de zona livre da febre aftosa sem vacinação. Para isso, é necessário a participação de todos os produtores, sejam pequenos, médios ou grande”, afirmou Rafael Fonteles.

  

Governador reafirma meta de chegar em 2025 com rebanho do Piauí livre de febre aftosa sem vacinação Divulgação

   

Rafael Fonteles frisou que a vacinação é muito importante para a próxima fase que o Piauí viverá, que é a industrialização da carne produzida na região. “Vamos ter frigoríficos [industriais] em Ribeiro Gonçalves, Socorro do Piauí e Uruçuí, queremos ter também aqui na região de Teresina, em Campo Maior e no Médio Parnaíba”, disse o chefe do Executivo Estadual.

Na semana passada, em Ribeiro Gonçalves, no sudoeste do Piauí, o governador participou do início das obras do frigorífico agroindustrial Piauhy Indústria de Alimentos, um investimento de R$ 200 milhões que deve ficar pronto em 2025. “É a fase de agregação de valor da nossa pecuária, tanto de bovinos, mas também ovinos, caprinos, suínos, para fortalecer a geração de emprego e renda nesse setor, que é tão tradicional”, frisou o gestor.

Piauí quer vacinar mais de 95% do rebanho

O secretário de Estado da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, disse que a vacinação é fundamental para que todos os estados brasileiros fiquem livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinar o gado. Ele também falou que o Governo do Estado trabalha para ultrapassar a meta determinada pelas autoridades sanitárias do Brasil.

  

A vacinação deste ano iniciou no dia 1º deste mês e segue até o dia 31 de maio Reprodução

   

“O objetivo estabelecido pelo Ministério da Agricultura é atingir o percentual de 90%. Nós chegamos a 93% e queremos aumentar em 2023 esse percentual para mais de 95% e acredito que nós vamos atingir esse percentual”, disse o gestor.

O deputado estadual João Mádison Nogueira, que é criador e gado, explicou que a carne do gado piauiense vai ser mais valorizada, inclusive podendo ser exportada, quando o Piauí atingir o estágio livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação, como já são classificados os rebanhos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Vai valorizar o preço da carne no mercado internacional. É importante não só para o rebanho bovino, mas ovinos e caprinos”, afirmou o criador.

Produtores que não vacinem rebanho podem ser multados

O prazo para imunização do rebanho encerra no dia 31 de maio e o produtor rural tem até 15 de junho para declarar a vacinação e atualizar o saldo do rebanho, por meio do Sistema Informatizado de Defesa Agropecuária (Sidapi).

A Secretaria de Estado da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), alerta que, sem a vacinação, os produtores rurais podem ser multados e ficam impedidos de comercializar e transportar o animal, pois não conseguirão emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA). O produtor também precisa ter a comprovação da vacina para conseguir financiamento com os bancos e para realizar a compra de milho na Conab, utilizado na ração animal.

  
Piauí quer vacinar mais de 95% do rebanho Reprodução
 
 
 

O produtor também precisa fazer a vacinação contra a brucelose, que é uma zoonose, que afeta outros mamíferos e bovinos, e pode afetar também o ser humano. Nesse momento de vacinação contra febre aftosa, o criador deve aproveitar o manejo e realizar a vacinação das bezerras de três a oito meses contra a brucelose.

A vacina contra brucelose é dose única, ou seja, uma vez vacinado, o animal está imunizado por toda a vida, e só são vacinados as fêmeas. Lembrando que a vacina deve ser aplicada por um médico veterinário cadastrado na Sada/Adapi, ou por um técnico ou, ainda, por um auxiliar sob a responsabilidade de um médico veterinário.

Fotos: Francisco Leal, Jorge Bastos e Alysson Dinis 

Fonte: Portal A10+


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