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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (12) que o projeto que prevê a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil é “justo” e por isso deveria ser aprovado em 15 dias.
Haddad também fez elogios ao ex-presidente da Câmara Arthur Lira, relator da matéria na casa legislativa.
Diogo Zacarias/MF
“Não vou dizer que as negociações foram fáceis com ele, mas aconteceram. Ele é uma pessoa que senta, é duro na negociação, mas ele senta e conversa”, disse Haddad, ao lembrar a interlocução com o parlamentar quando Lira era presidente da Câmara.
E acrescentou o ministro ao falar sobre Lira: “É um negociador duro, que pensa diferente, mas que quando é exposto a um conjunto de dados, senta e negocia. E quando faz um acordo, cumpre.”
As declarações foram dadas em entrevista ao UOL.
Urgência constitucional
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Congresso Nacional, na última segunda-feira (5), a retirada da urgência constitucional ao projeto de lei que amplia a faixa da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000. Com isso, a pauta da Casa foi destrancada.
Com a urgência anterior, o Legislativo tinha 45 dias para analisar a proposta, prazo que terminou em 3 de maio, por isso nenhum outro projeto podia ser votado pela Casa. A retirada da urgência ocorre às vésperas da instalação da comissão especial destinada a analisar a proposta na Câmara. O relator será o ex-presidente da Câmara deputado federal Arthur Lira (PP-AL). Já o presidente do colegiado vai ser o petista Rubens Pereira Jr. (MA).
A expectativa do governo Lula é de que Câmara e Senado votem o projeto até o fim deste ano para que a medida possa valer em 1° de janeiro de 2026. A ampliação da isenção é bem vista entre parlamentares, mas enfrenta resistência na forma de compensação dos gastos com a ampliação do benefício. O impacto estimado pela Fazenda é de R$ 25,8 bilhões.
Nos bastidores, o principal questionamento se volta para a forma de compensação da medida. A ideia é garantir que a ação possa ser aplicada sem interferir nos gastos públicos e sem aumentar impostos.
Fonte: R7