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2024 já é um dos anos com mais queimadas na última década, aponta Inpe

Mesmo que os focos não excedam as médias nos últimos três meses do ano, 2024 será o pior ano desde 2010


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Dados do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostram que 2024 está se consolidando como um dos anos com maior número de focos de queimadas na última década. Somente em setembro, já foram registrados mais de 80 mil focos, o que representa um aumento de cerca de 30% em relação à média histórica, monitorada pelo Inpe desde 1998.

Mesmo que os focos não excedam as médias nos últimos três meses do ano, 2024 será o pior ano desde 2010, quando o Brasil contabilizou 319.383 focos. Os números indicam que essa média pode ser superada, já que o aumento em setembro foi de 311%, saltando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

  
2024 já é um dos anos com mais queimadas na última década, aponta Inpe
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
 
 
 

Desde o início do monitoramento pelo Inpe, o Brasil registrou mais de 300 mil focos de queimadas em apenas seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Com 208 mil focos já registrados até agora, 2024 se aproxima dessa marca. O número é o maior dos últimos dez anos, ficando atrás apenas de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778.

Centro-Oeste lidera em crescimento do número de queimadas

O levantamento do Inpe aponta crescimento no número de focos de queimadas em todas as regiões do Brasil em comparação com 2023, com destaque para o Centro-Oeste. Três unidades da região registraram os maiores aumentos: Mato Grosso do Sul, com um aumento de 601% e 11.990 focos; o Distrito Federal, com alta de 269% (318 focos); e Mato Grosso, com 217% de crescimento e 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número de queimadas em 2024, superando o Pará. Só em setembro, Mato Grosso foi responsável por 23,8% dos focos no país, com 19.439 registros. O Pará também registrou um grande volume de queimadas, com 17.297 focos, representando 21,2% do total nacional.

O ranking dos maiores aumentos ainda inclui dois estados do Sudeste: São Paulo e Rio de Janeiro. Embora com números totais menores, os aumentos são significativos. Em São Paulo, o crescimento foi de 428% em setembro, com 7.855 focos ativos. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 184%, com 1.074 focos.

Situação crítica em São Paulo

Em São Paulo, setembro concentrou a maior parte dos focos, com 2.445 registros, o que representa 3% das ocorrências em todo o país. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, segundo o Inpe.

A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram queimadas no último domingo (29), incluindo Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde os esforços de combate se concentram na Estação Ecológica do Jataí. No local, 133 agentes, entre bombeiros, brigadistas e voluntários, estão atuando com 42 veículos, incluindo caminhões-pipa, tratores e camionetes. Além disso, seis aeronaves (quatro aviões e dois helicópteros) foram mobilizadas na operação, com o apoio de usinas da região que enviaram brigadistas e veículos.

Fonte: R7


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