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A integração entre os órgãos responsáveis pelo combate a incêndios, a contratação de brigadistas pelos municípios, a revitalização do Comitê do Fogo, campanhas permanentes de conscientização e o reforço da fiscalização contra crimes ambientais foram alguns dos principais encaminhamentos apresentados durante a audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O encontro ocorreu nesta sexta-feira (28) e reuniu diversas instituições para discutir medidas urgentes diante do avanço das queimadas no estado.
Participaram do debate representantes do IBAMA, Corpo de Bombeiros, Universidade Federal do Piauí, OAB-PI, Secretaria Estadual de Segurança Pública, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, CREA, Defesa Civil, Polícia Ambiental e Ministério Público.

O deputado Dr. Marcus Vinícius Kalume (PT), proponente da audiência, destacou a importância da articulação institucional em torno do tema.
“Esta Casa hoje dá um passo importante. Neste ano, é a primeira vez que conseguimos reunir todos esses órgãos em um mesmo ambiente para discutirmos o que nós iremos fazer efetivamente daqui para frente em relação a essa problemática das queimadas, que trazem um dano ambiental gigantesco, além de problemas à saúde pública”, afirmou.
Kalume reforçou ainda que os municípios precisam fortalecer suas equipes de combate ao fogo com a contratação de brigadistas especializados.
“Muitos deles acabam trabalhando de maneira voluntária, onde não tem em utilização de equipamentos de proteção, o que representa um risco de acidentes. É imprescindível a participação dos gestores municipais também em programas educativos e de conscientização, mas também precisamos lembrar um fato importante, que é responsabilizar as pessoas que acabam provocando esses focos de incêndio”, pontuou.
Integração entre os órgãos
O comandante operacional do Corpo de Bombeiros, Egídio Nóbrega, chamou atenção para a necessidade de priorizar ações preventivas, destacando que grande parte dos incêndios começa em práticas cotidianas inadequadas.
“O problema principal está no aspecto preventivo. Os anos passam e as pessoas continuam utilizando o fogo como mecanismo de limpeza, seja na roça, seja para a renovação de pastagens, seja para a eliminação de entulhos. Esses incêndios pequenos terminam por fugir ao controle porque, com as mudanças climáticas, o aumento da temperatura e a diminuição da umidade do ar criam um ambiente adequado para a propagação rápida desses incêndios”, alertou.
A superintendente do Ibama no Piauí, Thays Paiva, enfatizou a importância da integração entre todas as instâncias governamentais para o monitoramento e prevenção.
“Nós precisamos integrar o monitoramento federal feito pelo IBAMA, o monitoramento do Estado do Piauí e trazer todos os municípios para que, em conjunto, a gente consiga tratar a problemática do fogo de forma preventiva e não só nos preocuparmos com o combate efetivo. Outro ponto é a revitalização do Comitê do Fogo, instituído em 2008 pelo Governo do Estado para atuar durante todo o ano, integrando todos os representantes na esfera federal, estadual e municipal”, disse.
Fonte: Portal A10+