Mulheres contam desafios de ocupar espaços majoritariamente masculinos no Piauí; veja relatos! - Geral
DIA DA MULHER

Mulheres contam desafios de ocupar espaços majoritariamente masculinos no Piauí; veja relatos!

Ao A10+, Simone Cunha e Grasiela Ribeiro contam suas histórias onde superaram preconceitos e criticas porque escolheram profissões 'não convencionais'


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“Mulher é desdobrável. Eu sou”- Adélia Prado

Simone Cunha e Grasiela Ribeiro Dias são duas mulheres com vidas distintas, mas que têm uma coisa em comum: hoje, elas ocupam espaços em profissões que, antes, eram majoritariamente masculinas e tiveram que enfrentar muito preconceito e discriminações para chegar onde estão hoje. 

Simone Cunha, de 37 anos, atua no ramo da Construção Civil e precisou ser ousada para correr atrás de seus sonhos. Ela, que é mãe solo, viu uma oportunidade de fazer um curso na área e, apesar das dificuldades do início, seguiu na qualificação. Hoje ela é pedreira e trabalha há 12 anos na área. 

  

Simone Cunha
Arquivo pessoal

   

"Trabalho há 12 anos na construção civil. O que me motivou foi a curiosidade. Era pra ter uma turma de mulheres rejuntando, fazendo limpeza, surgiu o curso e botei meu nome na lista... No começo foi um pouco difícil", disse a mulher ao A10+.

Mãe de duas meninas, ela conta que o sonho em dar uma vida melhor para seus filhos também a impulsionou a ir em busca de alcançar seus objetivos e concluir o curso. "Uma mãe solteira que quer vencer na vida, ela vai atrás para melhorar a situação dela, para ter uma profissão, para ter seu salário, pra quando seu filho precisar de alguma coisa, você ter dinheiro pra dar pra ele", destacou. 

Entre as dificuldades enfrentadas, ela relata que chegou a ser questionada diversas vezes por colegas de trabalho por ser uma mulher trabalhando em um local com vários homens. As críticas a afetaram e, segundo ela, chegou a ter um início de depressão, mas ela ignorou as críticas e hoje incentiva outras mulheres que desejam seguir a mesma profissão. 

"Eu passei dessa fase do preconceito, do machismo, porque viram que não ia adiantar nada a pessoa está me criticando. Às vezes você vai ouvir um elogio bom, às vezes vai ter uma crítica. 'Ó, tá vendo aquela mulher ali, tá aqui no meio dos homens, não sei o que que ela faz aqui', eles falavam assim comigo. Eu cheguei até ficar com começo de depressão por causa disso, pensei em desistir, mas aí minha força de vontade foi tão grande que eu disse: O que eu ouvir vai entrar em um ouvido e sair no outro, porque eles não são melhores do que a gente. Então a mulher pode seguir no lugar que ela quiser", destacou. 

 

Grasiela Ribeiro Dias
Arquivo pessoal

 

Do conserto de veículos a criação dos filhos

Grasiela Ribeiro Dias, 42 anos, também passou por desafios parecidos. Ela é empresária e tem um negócio de sucesso no ramo de conserto de veículos automotivos. Com o negócio ela criou os três filhos: Vinicius Ribeiro, de 24 anos; Samuel Ribeiro, 12 anos; e Edivan Neto, 23 anos, que seguiu seus passos como mecânico. 

Sua paixão por consertos de carros surgiu de seu interesse em solucionar problemas e ajudar os outros. Foi com essa paixão que ela também realizou seu outro sonho, se formar em ciências contábeis. Para lidar com os desafios que enfrentou no seu trabalho, ela conta ao A10+ que o segredo foi confiar em si mesma como profissional. 

“Se uma mulher enfrentar situações em que duvidem de sua capacidade apenas por ser mulher, é essencial que ela se mantenha firme, confie em si mesma e busque apoio de colegas, mentores e organizações que promovam a igualdade de gênero. A persistência, a determinação e a paixão pelo trabalho são fundamentais para superar esses desafios e alcançar o sucesso profissional”, ressaltou.

  

Grasiela Ribeiro e uma turma de homens durante curso Reprodução

   

Fonte: Portal A10+


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