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O que muda na guerra da Ucrânia com Trump no poder nos EUA

EUA devem adotar postura diferente daquela adotada pelo governo Biden


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Com a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, nesta segunda-feira (20), o governo norte-americano deve mudar sua postura em relação à guerra da Ucrânia, o que pode permitir que o conflito tome novos rumos.

Trump prometeu que a política externa dos EUA seria marcada por uma abordagem mais isolacionista e pragmática, especialmente em relação à Rússia e à Ucrânia.

  
O que muda na guerra da Ucrânia com Trump no poder nos EUA
Reprodução Record TV
 
 
 

Em dezembro, em meio ao conflito na Ucrânia, Vladimir Putin demonstrou disposição para negociar com Trump, acreditando que poderia alcançar um acordo com o líder americano. O futuro presidente, que se autodenomina um “mestre em negociação” e autor do livro Trump: A Arte da Negociação, prometeu resolver o conflito rapidamente, mas não forneceu detalhes sobre como abordaria a questão, deixando em aberto a possibilidade de acordos que poderiam enfraquecer a posição da Ucrânia.

Putin, em uma sessão de perguntas e respostas, ressaltou que estava disposto a se encontrar com Trump, mas fez exigências específicas, como a renúncia da Ucrânia a suas ambições de adesão à Otan. Muitos analistas veem essa postura como uma tentativa de Putin de negociar um compromisso que enfraqueceria a soberania ucraniana.

Putin rejeitou qualquer ideia de que a Rússia estivesse em uma posição fragilizada e sugeriu que o conflito poderia ser resolvido apenas por meio de negociações que assegurassem os interesses russos. Críticos consideraram essa abordagem como uma capitulação à Ucrânia, o que poderia minar as ambições militares e políticas de Kiev.

E o que Biden fez em relação ao conflito?

Durante a presidência de Joe Biden, os EUA adotaram uma abordagem mais enérgica e assertiva em relação ao conflito na Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022. Desde os primeiros meses de seu mandato, Biden se posicionou firmemente ao lado da Ucrânia, reforçando o apoio militar e humanitário.

Diferentemente de Trump, que defendia uma negociação com Putin, Biden autorizou o envio de mísseis de longo alcance, como o ATACMS, à Ucrânia, permitindo que Kiev atacasse alvos dentro da Rússia.

Essa decisão foi tomada em resposta às demandas da Ucrânia por maior capacidade de defesa contra ataques russos e foi amplamente vista como uma escalada do envolvimento dos EUA no conflito. Putin reagiu com duras ameaças, incluindo a aprovação de mudanças na doutrina nuclear russa, considerando ataques de potências nucleares como uma provocação direta.

A Rússia também alegou que a Ucrânia já estava utilizando mísseis de longo alcance contra alvos dentro do território russo, algo que antes só havia sido permitido em áreas fronteiriças.

A decisão de Biden de fornecer esses mísseis foi um sinal de apoio à defesa da soberania ucraniana. Biden buscou garantir que a Ucrânia tivesse a capacidade de resistir aos avanços russos, mesmo que isso gerasse confrontos diretos com a Rússia.

Mísseis do tipo ATACMS estão entre as armas mais avançadas que o Ocidente pode fornecer à Ucrânia, capazes de atingir alvos estratégicos, como bunkers e depósitos de munição, a cerca de 300 quilômetros de distância. Esses mísseis são extremamente caros, cada um valendo cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6,2 milhões). Devido ao alto custo, cada lançamento é feito com rigoroso planejamento e, por essa razão, não são fornecidos em grande quantidade.

Semanas antes de eu mandato acabar, Biden anunciou que daria US$ 6 bilhões para a Ucrânia com o intuito de dar assistência militar ao país. A medida foi tomada como forma de ajudar Kiev antes de Trump assumir o poder.

“Sob minha direção, os Estados Unidos continuarão a trabalhar incansavelmente para fortalecer a posição da Ucrânia nesta guerra durante o restante do meu mandato”, declarou Biden em um comunicado.

Fonte: R7


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