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(Atualizada às 13h45)
O suspeito de ser o mandante do assassinato do cabeleireiro José Carlos da Silva Santos, morto a tiros em março deste ano, dentro do seu local de trabalho, no bairro Angelim, zona Sul de Teresina, foi preso pela Polícia Civil do Piauí nesta segunda-feira (05). O homem foi encontrado na própria casa e não teve o nome revelado. Investigações apontam que "o indivíduo não gostava do fato de o cabeleireiro ter pessoas consideradas seus inimigos como clientes".
O delegado Danúbio Dias, que conduz a investigação, relatou que, meses antes do homicídio, o suspeito detido hoje já havia ameaçado a vítima. Ele demonstrava descontentamento pelo fato de José Carlos atender clientes que ele considerava seus inimigos e, inclusive, exigiu que a vítima deixasse de cortar o cabelo dessas pessoas, sob ameaça.
"Ele alertou a vítima de que, se ele continuasse a cortar cabelo desses indivíduos, a vítima poderia sofrer represálias e até ser assassinada. A vítima inicialmente teve cautela, chegou a fechar a barbearia, mas retornou e as ameaças foram concretizadas", destacou.
Prestação de contas
Além das ameaças, a investigação também apontou que o autor dos disparos mandou áudios para o mandante explicando como teria executado o plano de assassinato, que aparentemente havia falhado, visto que o barbeiro sobreviveu ao ataque. Entretanto José não resistiu às complicações e morreu 3 dias depois de internado.
"Ele mandou isso [áudios] porque depois do crime a notícia de que a vítima tinha sobrevivido tinha se espalhado e o atirador para prestar contas a ele, enviou esses áudios de que tinha atirado duas vezes na cabeça da vítima", disse o delegado à TV Antena 10.
Stalker
O delegado também confirmou à reportagem que o preso monitorava João através das publicações de redes sociais para ter conhecimento dos clientes do rapaz.
"A vítima divulgava o trabalho dela como qualquer microempresário divulga o trabalho dela nas redes sociais. E ele via a vítima tirando foto com esses indivíduos. Ele foi preso ano passado por tráfico de drogas e foi solto recentemente com a tornozeleira", explicou.
Durante a prisão, o mandante confessou que ameaçou José, mas negou que tenha contratado as pessoas para matar o barbeiro. Segundo o delegado, o mandante, que faz uso de tornozeleira eletrônica, seria membro de uma facção criminosa.
Todas as evidências foram juntadas no inquérito policial e levadas ao Poder Judiciário para decretar a prisão do mandante. Os outros dois homens que executaram o assassinato ainda estão foragidos.
Fonte: Portal A10+