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O rosto das principais decisões e títulos da última temporada do Clube Atlético Piauiense Futsal, estampado nas principais manchetes locais. Douglas Ribeiro da Silva, o Douglinhas, foi preso sob suspeita de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, na zona Leste de Teresina. O atleta, de 19 anos, foi imediatamente afastado por tempo indeterminado pela gestão de clube diante do caso.

Um dos alas da equipe, o jogador foi autor dos dois gols da vitória de virada do CAP contra o Parnahyba no Ginásio Verdão no último mês, garantindo o título estadual na estreia da equipe na competição. Ele chegou a dedicar o gol ao seu filho pequeno durante entrevista à imprensa. 

Com a prisão, Douglinhas não deve estar no elenco que representará o Piauí na divisão especial da Taça Brasil de Futsal em 2025, um dos torneios mais importantes do cenário nacional. Além da final do adulto, Douglas também anotou um gol da final do sub 20 2024 de futsal.

Em nota, o Atlético Piauiense destacou que por decisão da Diretoria, o jogador será afastado por tempo indeterminado até o esclarecimento dos fatos e atuação das autoridades competentes. O crime teria ocorrido no último dia 1º de janeiro.

Entenda o caso 

Conforme informações do 5° Batalhão da Polícia Militar, que esteve no local da ocorrência, a vítima estava acompanhada de familiares em visita à residência do atleta quando ele teria tentado abusar sexualmente dela. A criança apresentava lesões visíveis no pescoço e nos seios, e relatos indicam que o suspeito chegou a agredi-la fisicamente.

Ainda segundo a polícia, houve uma tentativa de estupro, mas o ato não chegou a ser consumado. A menina conseguiu escapar após gritar por socorro e lutar contra o agressor. Diante do crime, o atleta foi encaminhado para a delegacia, passou por audiência de custódia e foi encaminhado ao sistema prisional nesta quinta-feira (02). 

Criança já havia denunciado outro ataque do atleta, mas foi ignorada; pai disse que ia "deixar passar"

O A10+ apurou que a vítima estava na residência de familiares quando foi até um quarto para carregar o celular. Nesse momento, Douglas trancou a porta com a menor dentro, jogou-a na cama e a imobilizou, segurando-a pelo pescoço, pelos seios e pelos braços. A vítima tentou gritar, e Douglas acabou soltando-a, permitindo que ela fugisse em direção à porta. Desesperada, a menina correu para a cozinha e relatou o ocorrido à família que estava presente.

Ainda segundo o relato da vítima, há cerca de um mês, Douglas já havia tentado trancá-la em um quarto na casa de um primo. Na ocasião, a menina conseguiu escapar e relatou o fato apenas ao pai, que decidiu "deixar passar", acreditando que Douglas estivesse sob efeito de álcool.

"Considerando os fatos narrados, a prisão preventiva do autuado é justificada pelo seu modus operandi, que evidencia a gravidade e a periculosidade do ato. O agressor, utilizando-se da relação de confiança existente com o pai da vítima, em função do parentesco por afinidade, aproveitou-se de duas situações em que teve um momento a sós com a vítima. De acordo as declarações da vítima, a primeira tentativa foi frustrada em razão da vítima ter corrido, e após, na oportunidade seguinte, conseguiu trancar a vítima no quarto, e praticou atos libidinoso, aproveitando-se da sua vulnerabilidade em razão da tenra idade", descreveu a juíza Lisabete Marchetti em decisão proferida na quinta (02) e obtida pelo A10+. 

Fonte: Portal A10+