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O ex-gerente de um posto de combustível em Picos, no interior do Piauí, foi preso nessa terça-feira (25) por estelionato e outros crimes após investigações apontarem que ele desviava dinheiro da empresa e teria provocado um incêndio no escritório do local. A prisão foi decretada pela Justiça após um pedido da Polícia Civil e do Ministério Público.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, Jonatas Brasil, o ex-gerente abordava clientes, principalmente empresas que abasteciam frotas, e oferecia descontos para pagamentos via Pix. Ele convencia os clientes a transferirem valores diretamente para sua conta pessoal, mas o dinheiro não era repassado ao caixa do posto.
“Quando chegava a data do pagamento, poucos dias antes, ele entrava em contato, por exemplo, olha, tem aqui a ficha de vocês, é de 20 mil reais. Se vocês fizeram Pix, agora, mas eu preciso que seja hoje, de R$ 18 mil, fica por R$ 15 mil. Então eram sempre descontos bem generosos. E ele se apropriava desse dinheiro”, explicou o delegado.
Apropriação de cheques do proprietário
Além disso, o suspeito se apropriou de cheques de alto valor que pertenciam ao proprietário do posto. Um deles, de mais de R$ 100 mil, foi entregue a uma pessoa como garantia de um empréstimo de R$ 40 mil que ele havia feito. Ele também pedia para uma funcionária retirar dinheiro do caixa, depositá-lo na conta dela e, em seguida, transferi-lo para ele.
As suspeitas do dono do posto aumentaram quando percebeu irregularidades nas contas. Ao anunciar que viajaria a Picos para apurar os desvios, um incêndio de grandes proporções destruiu o escritório do então gerente dentro do posto. A perícia confirmou que o incêndio foi criminoso e teria sido provocado para eliminar provas.
Eliminar provas dos crimes
Após o incidente, o ex-gerente orientou funcionários a retardar o registro do boletim de ocorrência e até a limpar o local antes da chegada da perícia, para dificultar a investigação. Ele também insistiu para que os funcionários informassem no boletim de ocorrência que os cheques foram queimados no incêndio, mas a polícia conseguiu recuperá-los.
“Elas viriam registrar o B.O cedo do dia. Só que ele ligou para elas e disse para antes de registrar, irem no posto lavar o escritório. Então elas foram e só depois vieram até a delegacia registrar o B.O. E aí é que ele frisava para as funcionarias ‘Não esqueçam de dizer que os cheques estava no escritório, e que foram extraviados, queimados no incêndio”, conta o delegado.
Com base nas provas coletadas, incluindo depoimentos, transferências bancárias e laudos periciais, a polícia solicitou a prisão preventiva do suspeito. Como ele havia deixado a cidade e estava em São Paulo, a prisão só foi cumprida quando ele retornou a Picos.
Fonte: Portal A10+