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Gabriela Rodrigues dos Santos, de 26 anos, denunciou em suas redes sociais nesta sexta-feira (04), agressões e até uma tentativa de feminicídio cometida por parte do seu companheiro, o empresário Jorge Florentino, que está foragido. O caso aconteceu no município de Água Branca, localizado a 100 quilômetros de Teresina. A vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher da cidade e solicitou uma medida protetiva de urgência. 

Em entrevista ao A10+, a jovem explicou que na noite de quinta (04), ambos estavam trabalhando na empresa do suspeito, em Água Branca, quando teria acontecido um desentendimento. O casal entrou em um carro e o empresário passou a agredi-la verbalmente, segundo a denúncia da vítima. Gabriela Rodrigues relatou que quando ela disse que tinha uma foto da sua última agressão, Jorge Florentino saiu com o carro em alta velocidade pela cidade e pela BR-316 entrando na frente de outros veículos e dizendo que acabaria com a vida da vítima.

Gabriela Rodrigues disse que foi agredida dentro de casa na semana passada pelo empresário. O suspeito lhe deu uma rasteira, puxou seus cabelos e ela se escondeu no banheiro da residência.

“A gente tinha reatado há pouco tempo. A gente teve um desentendimento, estávamos trabalhando na empresa dele em Água Branca e eu disse que ia numa loja provar uma calça, pois vimos viajar. Ele ficou zangado, fechou a cara. Eu entrei no carro e o carro, a porta do lado do passageiro, só abre do lado de fora. Eu trabalhava como modelo, não trabalho mais e é normal as pessoas me procurarem. Ele deduziu que eu ia na loja fazer essas fotos escondido. Ele ia me deixar em casa e quando eu disse que minha amiga tinha foto da última agressão, ele falou que eu tinha acabado com a vida dele e ele iria acabar com a minha”, relatou a vítima. 

A jovem disse que na sequência ele ficou descontrolado, batia no painel do carro e saiu com ela dentro do veículo pela cidade e pela BR-316. Segundo Gabriela, foram em média 40 minutos que passou dentro do veículo com o suspeito. Ela conseguiu sair quando ele retornou para a loja, abaixou o vidro, abriu a porta e correu. Em seguida, foi para a delegacia. 

“Eu pedia pra ele ficar calmo, ele estava muito alterado, batia no carro. Ele foi sentido Teresina, caminho que tem muitas carretas, andando em alta velocidade. Foi uns 40 minutos dentro desse carro. Foi até a Estaca Zero. Ele parou na frente da empresa, abaixei o vidro, abri a porta e saí correndo. Eu ninca tinha denunciado. Ele tinha me agredido outras vezes, moramos juntos. Denunciei, pedi medida protetiva e ele fugiu. Tentaram pegar ele em flagrante, mas ele fugiu. Não se apresentou”, completa a jovem. 

Já em suas redes sociais, a vítima desabafou dizendo que acreditava na mudança e não desejava isso para ninguém. Ela chamou ainda a atenção para em qualquer sinal de violência, denuncie. Ela agradeceu as mensagens de apoio.

“Mas garanto, o sentimento é cego e burro (sentimento não, isso é uma doença, uma dependência emocional), pq eu acreditei na mudança. Eu acreditei na mudança que nunca ia acontecer, eu acreditei nas promessas que nunca seriam cumpridas, e que todo mundo enxergava isso, menos eu. Eu não desejo isso pra mulher nenhuma desse mundo e deixo o conselho: no primeiro sinal, se saia e DENUNCIE, nunca deixe chegar ao ponto que eu cheguei. Fico grata pelas mensagens de força que eu tenho recebido, eu estou bem, na medida do possível, e todas as providências cabíveis estão sendo tomadas”, escreveu. 

Outro lado

O A10+ não conseguiu contato com a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para esclarecimentos através do email: [email protected] ou no WhatsApp (86) 3218-1010.

Fonte: Portal A10+