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O juiz Ermano Chaves de Portela Martins, da Central de Audiência de Custódia de Teresina, decretou a prisão preventiva de Felipe Kiko da Silva, preso nesta semana por alvejar um policial do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) durante o cumprimento de uma medida cautelar. O agente foi atingido no tórax, mas escapou ileso graças ao colete balístico.
A decisão, obtida pelo A10+, foi proferida nesta quinta-feira (27). O magistrado argumentou que diante da necessidade de ordem pública e do histórico criminal do indivíduo, a conversão da prisão se fez necessária. Além disso, medidas cautelares diversas não seriam ideais no contexto, pois não se ‘revelam aptas para interromper a atividade criminosa’.
“No caso em tela, a liberdade do custodiado revela-se comprometedora à garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta da conduta. O que revela, é que a ação do autuado é concretamente mais gravosa do que é ínsito ao tipo penal, superando, em muito, a gravidade abstrata inerente ao tipo, refletindo agir mais grave, indicativo de periculosidade elevada. Desse modo, a manutenção da custódia do flagranteado justifica-se para garantir a ordem pública, em atenção ao modus operandi, que revela gravidade em concreto elevada, superando o que desponta intrinsecamente do tipo penal, indicando agir mais gravoso e que vulnera a ordem pública, consequentemente”, diz o magistrado.
Com isso, o juiz determinou ainda que se expeça ofício às varas nas quais o autuado já responde a outros processos, de forma urgente, para ciência da determinação da prisão preventiva e providências cabíveis. “Oficie-se à Unidade prisional para que adote todas as providências necessárias a assegurar tratamento médico necessário a salvaguardar a saúde do custodiado, ante as informações prestadas em audiência quanto à necessidade de medicações de uso contínuo pelo autuado”, pontuou ainda.
Relembre o caso
A equipe do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) recebeu informações oriundas de colaboradores de que Felipe Kiko estaria portando uma arma de fogo de calibre restrito e transitando em um veículo modelo Chevrolet Celta de cor preta. Além disso, segundo as informações preliminares, o suspeito possuía vínculos com uma facção criminosa atuante na região.
Ao chegar no local, a equipe procedeu com a abordagem tática, se identificando como policiais civis, fazendo uso de coletes balísticos, insígnias institucionais e verbalização padrão. Ao ser ordenado que se levantasse e colocasse as mãos sobre a cabeça, o autuado sacou uma pistola e iniciou disparos contra a equipe. Durante o confronto, a vítima foi atingida na região do peito, no entanto, o impacto foi absorvido pelo colete balístico, impedindo lesões graves.
Apesar de ter sido alvejada, a vítima não sofreu ferimentos significativos e permaneceu apto a atuar nas diligências para a captura do agressor. Enquanto isso, o suspeito continuou a disparar contra os agentes enquanto se evadia do local. Diante da iminente e grave ameaça à integridade da equipe, os policiais reagiram de forma técnica e proporcional, atingindo o suspeito no braço. Mesmo ferido, o agressor persiste na tentativa de atirar, cessando apenas quando sua arma apresentou falha mecânica, impossibilitando novos disparos.
Após ser detido, o autuado indicou o local onde residia, ocasião em que a equipe se deslocou até o endereço declinado. Ao chegarem no local, a equipe entrou em contato com a mãe do autuado, e permitiu a entrada da equipe policial. Realizada a verificação, foram encontradas duas quantidades de maconha, uma balaclava e dois pares de luvas no guarda roupa do autuado.
No ano de 2017, Felipe Kiko da Silva foi preso por assassinar um familiar do Delegado-Geral da Polícia Civil, Luccy Keiko.
Reprodução
Fonte: Portal A10+