Polícia trabalha com hipótese de homicídio com ocultação de cadáver de bebê em Teresina - Polícia
CASO WESLEY

Polícia trabalha com hipótese de homicídio com ocultação de cadáver de bebê em Teresina

Wesley está desaparecido desde o dia 29 de dezembro


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A polícia já trabalha com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver no caso do desaparecimento do bebê Wesley Carvalho, que segundo a mãe teria sido sequestrado na Praça da Bandeira em dezembro do ano passado. Em entrevista ao A10+ o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada da Polícia Civil do Piauí, afirmou que já começou a ouvir testemunhas e que o inquérito deverá ser concluído em até 30 dias.

  

Bebê está desaparecido desde o dia 29 de dezembro
 

   

Zanatta disse que o principal questionamento da polícia é o que teria motivado os pais de Wesley a não denunciar o suposto sequestro. E que só depois de 42 dias, a tia da criança que procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.

“Estamos trabalhando com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver, mas para determinar qual a tipificação do crime, vai depender do que se está colhendo durante o inquérito policial, vai depender das provas, dos laudos, mas nenhuma hipótese é descartada”, afirmou.

A polícia já solicitou imagens dos locais que a família teria percorrido no dia do desaparecimento de Wesley, a casa onde os pais residiam também já passou por perícia.

“As investigações começaram agora, em virtude dessa demora em registrar o B.O. então estamos no inicio, temos o prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado, então agora vamos ouvir testemunhas, familiares e vizinhos. O que se sabe é que existe uma contradição muito grande, entre a versão contada pelo pai da criança e das testemunhas ouvidas”, completou Zanatta.

A mãe ainda não foi ouvida, segundo o delegado sua oitiva está programada para a próxima semana.

Medo de denunciar

Em entrevista à TV Antena 10, a mãe da criança, Angêla Valéria, afirmou que não denunciou o caso à polícia, na época do ocorrido, porque estava com medo de sofrer retaliações por parte dos supostos sequestradores.

"Estávamos nervosos e não queríamos contar para a família... e também se os bandidos vissem alguma notícia eles poderiam vir atrás da gente para matar a família. Estávamos com medo. Eles chegaram na praça e pediram para passar a criança. Achávamos que era brincadeira, mas depois eles ameaçaram de atirar", disse.

Entenda o caso

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está investigando o desaparecimento do bebê Wesley Carvalho de Ferreira de 1 ano e 10 meses. A família diz que o bebê foi tomado dos braços da mãe em dezembro de 2021, na praça da Bandeira, Centro de Teresina.

  

"Estávamos com medo de denunciar", declara mãe de bebê desaparecido em Teresina
Reprodução TV Antena 10

   

Em entrevista ao A10+, Raimundo Wellington, sobrinho de Angela Valéria, mãe da criança, afirmou que a família só teve conhecimento do caso dois meses após o desaparecimento. Para a família, Angela contou que estava na praça com o marido, pela manhã, esperando o ônibus, já para retornar a sua residência, quando dois homens chegaram armados, e pediram a criança, sob ameaça de atirar no casal e bebê.

"Ela estava em casa, e passou alguns dias sem dá noticia, nós fomos lá para saber como eles estavam, quando chegamos lá, ela deu essa notícia, que tinha ido com o marido dela fazer compras, aí quando chegaram dois homens pedindo a criança, aí eles entregaram a criança. Eles ficaram sem reação", disse.

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