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A polícia já trabalha com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver no caso do desaparecimento do bebê Wesley Carvalho, que segundo a mãe teria sido sequestrado na Praça da Bandeira em dezembro do ano passado. Em entrevista ao A10+ o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada da Polícia Civil do Piauí, afirmou que já começou a ouvir testemunhas e que o inquérito deverá ser concluído em até 30 dias.
Zanatta disse que o principal questionamento da polícia é o que teria motivado os pais de Wesley a não denunciar o suposto sequestro. E que só depois de 42 dias, a tia da criança que procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.
“Estamos trabalhando com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver, mas para determinar qual a tipificação do crime, vai depender do que se está colhendo durante o inquérito policial, vai depender das provas, dos laudos, mas nenhuma hipótese é descartada”, afirmou.
A polícia já solicitou imagens dos locais que a família teria percorrido no dia do desaparecimento de Wesley, a casa onde os pais residiam também já passou por perícia.
“As investigações começaram agora, em virtude dessa demora em registrar o B.O. então estamos no inicio, temos o prazo de 30 dias, que pode ser prorrogado, então agora vamos ouvir testemunhas, familiares e vizinhos. O que se sabe é que existe uma contradição muito grande, entre a versão contada pelo pai da criança e das testemunhas ouvidas”, completou Zanatta.
A mãe ainda não foi ouvida, segundo o delegado sua oitiva está programada para a próxima semana.
Medo de denunciar
Em entrevista à TV Antena 10, a mãe da criança, Angêla Valéria, afirmou que não denunciou o caso à polícia, na época do ocorrido, porque estava com medo de sofrer retaliações por parte dos supostos sequestradores.
"Estávamos nervosos e não queríamos contar para a família... e também se os bandidos vissem alguma notícia eles poderiam vir atrás da gente para matar a família. Estávamos com medo. Eles chegaram na praça e pediram para passar a criança. Achávamos que era brincadeira, mas depois eles ameaçaram de atirar", disse.
Entenda o caso
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) está investigando o desaparecimento do bebê Wesley Carvalho de Ferreira de 1 ano e 10 meses. A família diz que o bebê foi tomado dos braços da mãe em dezembro de 2021, na praça da Bandeira, Centro de Teresina.
Em entrevista ao A10+, Raimundo Wellington, sobrinho de Angela Valéria, mãe da criança, afirmou que a família só teve conhecimento do caso dois meses após o desaparecimento. Para a família, Angela contou que estava na praça com o marido, pela manhã, esperando o ônibus, já para retornar a sua residência, quando dois homens chegaram armados, e pediram a criança, sob ameaça de atirar no casal e bebê.
"Ela estava em casa, e passou alguns dias sem dá noticia, nós fomos lá para saber como eles estavam, quando chegamos lá, ela deu essa notícia, que tinha ido com o marido dela fazer compras, aí quando chegaram dois homens pedindo a criança, aí eles entregaram a criança. Eles ficaram sem reação", disse.
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