Policiais militares presos pela PF participaram de esquema de arrombamento de caixas eletrônicos no Piauí; agentes públicos facilitaram crimes - Polícia
INVESTIGAÇÃO

Policiais militares presos pela PF participaram de esquema de arrombamento de caixas eletrônicos no Piauí; agentes públicos facilitaram crimes

O esquema de arrombamento de caixas eletrônicos causou um prejuízo milionário a instituições bancárias no Piauí


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O coronel Newmarcos, da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Piauí, explicou à TV Antena 10 nesta sexta-feira (25) que os cabos presos durante operação da Polícia Federal ainda não foram ouvidos ainda no âmbito da corporação, já que o processo criminal segue em paralelo na Justiça Federal. Assim que a Corregedoria receber a documentação oficial, os dois serão formalmente submetidos a um Conselho de Disciplina e podem até ser expulsos da corporação.

Os policiais militares são suspeitos de participarem do esquema de arrombamento de caixas eletrônicos que causou um prejuízo milionário a instituições bancárias no Piauí. Os alvos foram presos durante a Operação Subversivos, deflagrada hoje pela PF. Os cabos da PM-PI detidos são: Fabrício de Sousa Vanderley e Hermes Ferreira de Andrade Filho.

  

Polícia Federal deflagrou operação nesta sexta-feira (25) Divulgação

   

Segundo o coronel, caso o Conselho de Disciplina entenda que os policiais agiram de forma incompatível com os valores da corporação, eles poderão ser exonerados. O corregedor explicou que o trabalho exercido pelos cabos envolvidos era o ostensivo, típico de policiamento de rua, mas os detalhes sobre a suposta colaboração com os criminosos seguem sob sigilo da Polícia Federal.

"O processo roda criminalmente pela Polícia Federal através da Justiça Federal e o que cabe a corregedoria agora é abrir processo administrativo Internos que poderão culminar com a exclusão desses elementos da nossa corporação, disse o coronel.

Informações privilegiadas

O delegado da Polícia Federal, José Nunes, também explicou à TV Antena 10, como funcionava a participação dos policiais militares no esquema. As investigações também apontaram que agentes públicos, valendo-se dos cargos que ocupavam, teriam fornecido informações privilegiadas para facilitar a ação do grupo e garantir o sucesso dos crimes em, pelo menos, cinco ações criminosas no estado.

"Eles utilizavam informações privilegiadas para que os criminosos conseguissem ter uma tranquilidade de acessar as instituições bancárias. A Polícia Federal diagnosticou que, além da Caixa Comum do Federal, bancos como o Bradesco e outras instituições também estavam sendo alvos criminosos. Esse grupo é investigado desde 2022, quando foram identificados em sucessivos furtos a Caixa Econômica Federal e também outros bancos. Esse bando criminoso foi preso, uma parte dele, no carnaval de 2025, quando eles estavam planejando uma nova ação criminosa, uma agência na cidade de Altos, Piauí", disse Nunes.

  

PF mira grupo criminoso especializado em arrombamentos de caixas eletrônicos no Piauí Reprodução

   

Durante todo o depoimento os dois policiais presos exerceram o direito de permanecer em silêncio e um deles tentou quebrar o celular para destruir as provas de envolvimento. Ao longo de toda a investigação foram presas 8 pessoas.

Após a audiência de custódia, os dois cabos deverão ser encaminhados ao presídio militar, vinculado à Corregedoria da PM.

Fonte: Portal A10+


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