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Com a COP30 avançando em meio a tensões políticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a Belém (PA) na manhã de ontem (19) para assumir pessoalmente a articulação política da reta final da conferência do clima.
A presença dele na conferência é vista internamente como uma tentativa de evitar que o impasse entre quase 200 países coloque em risco o texto do chamado Pacote de Belém, principal entrega negociada pelo Brasil como presidência do evento.

Diferentemente da primeira passagem pela capital paraense, quando participou de agendas públicas e inaugurações, Lula retorna agora para atuar como fiador das negociações.
Desde a quarta-feira, ele vem se reunindo com chefes de Estado, ministros estrangeiros e o secretário-geral da ONU, António Guterres.
As conversas seguem com grupo separados:
- Diretor-geral da ONU, António Guterres
- Países em desenvolvimento (Arábia Saudita, China, Egito, Índia e Venezuela)
- União Europeia (Alemanha, Portugal e Noruega)
- Pequenas ilhas
- Setor produtivo
- Sociedade civil
Etapas a serem cumpridas
A conferência entrou na fase mais delicada, em que os pontos centrais estão empacados por disputas políticas e econômicas. Mesmo com o esforço dos negociadores brasileiros, temas essenciais seguem sem consenso:
- Como será distribuído e fiscalizado o financiamento climático, exigido pelos países em desenvolvimento;
- Que nível de ambição cada país vai assumir na redução de emissões, ponto de atrito entre nações ricas e emergentes;
- Quais regras farão parte do pacote de adaptação, tema considerado pouco avançado;
- Como garantir transparência de dados climáticos, especialmente para monitorar compromissos de longo prazo.
Esses temas, negociados fora da agenda oficial para evitar travamentos, se tornaram o eixo central da crise diplomática dentro da COP.
O atraso no ritmo das conversas preocupa delegações que já trabalham com a hipótese de as negociações se estenderam até depois de sexta-feira (21).
Fonte: R7