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Atualizada às 18h35
Em decisão proferida nesta segunda-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro diante de repetidas violações das determinações judiciais impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão aponta conduta “deliberada e consciente” do ex-presidente para obstruir investigações, coagir autoridades e desrespeitar a Justiça.
Beto Barata/PL
Entre as novas restrições estão o veto total a visitas — exceto advogados constituídos —, proibição de celulares, gravações e qualquer forma de comunicação com embaixadores ou demais investigados. Moraes reiterou que qualquer nova violação resultará na decretação imediata da prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal.
O processo em curso, PET 14129, investiga crimes como coação no andamento de processos, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As primeiras cautelares, impostas em julho, incluíam tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e nos fins de semana, proibição de acesso a embaixadas e uso de redes sociais.
Apesar das determinações, Jair Bolsonaro foi citado em transmissões feitas por aliados, como os parlamentares Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira, em que discursou contra o STF, mencionou apoio internacional e defendeu manifestações com teor político.
Tais episódios ocorreram após advertências claras de que entrevistas, discursos ou vídeos veiculados por terceiros também configurariam descumprimento.
O ministro Moraes classificou as ações como “continuação de práticas ilícitas” e destacou o uso de conteúdo pré-produzido para incitar apoiadores, pressionar instituições e estimular intervenção externa em assuntos internos, afrontando diretamente a soberania nacional.
No despacho, o magistrado frisou que a Justiça brasileira “não é tola” e alertou: “O réu que desrespeita medidas cautelares deve sofrer as consequências legais”.
Fonte: R7