O A10Cast recebeu a médica ginecologista Fernanda Tourinho, especialista em menopausa e estética íntima, para uma conversa especial sobre a importância do rastreamento do câncer de mama, prevenção, além de temas como fertilidade, menopausa e estética íntima.
Durante a entrevista, a médica reforçou a importância do rastreamento como principal forma de detecção precoce do câncer de mama. Segundo ela, o exame de mamografia deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos, mas mulheres com histórico familiar de câncer de mama, como mãe, irmã ou filha diagnosticada, devem iniciar o acompanhamento dez anos antes da idade em que o parente foi acometido.
“Nós reforçamos nesse período a importância dos exames para a detecção do câncer de mama. O principal deles é a mamografia, que deve ser feita a partir dos 40 anos. O autoexame também é importante, porque a mulher deve conhecer o seu corpo e perceber qualquer mudança. Mas ele não substitui a consulta médica nem o exame de rastreamento”, explicou Fernanda.
A ginecologista destacou ainda que, apesar da resistência de algumas mulheres à mamografia por acharem o exame doloroso, ele continua sendo o mais eficaz para identificar microcalcificações, alterações iniciais que o ultrassom não detecta. “As chances de cura do câncer de mama, se detectado precocemente, chegam a 100%”, enfatizou.
Fernanda Tourinho também abordou o impacto emocional do diagnóstico e tratamento, ressaltando a importância da rede de apoio familiar e afetiva nesse processo. “É muito importante o acolhimento, principalmente dos parceiros, porque é um momento difícil. A autoestima da mulher é abalada — a mama é símbolo de feminilidade e sexualidade. O tratamento, com radioterapia ou quimioterapia, pode causar queda de cabelo e alterações físicas. Por isso, o apoio da família e dos amigos é fundamental para fortalecer a paciente”, afirmou.
Menopausa e reposição hormonal
Além da prevenção ao câncer, a médica falou sobre a menopausa, destacando que esse período não deve ser visto como o fim da feminilidade, mas como uma nova fase que pode ser vivida com qualidade. “A menopausa marca biologicamente o fim da idade reprodutiva da mulher, mas ela não nos define. Podemos continuar produtivas, belas, com energia e com nossa sexualidade ativa. É importante observar os sinais do corpo e cuidar da saúde hormonal, principalmente a partir dos 40 anos”, orientou.
Fernanda explicou ainda que a reposição hormonal, quando bem indicada, pode aliviar sintomas e trazer benefícios à saúde e ao bem-estar. “A partir dos 40 anos já vale iniciar uma investigação hormonal. Avaliamos as queixas da paciente, os exames laboratoriais e identificamos o momento certo de começar a reposição”, completou.
Durante o bate-papo, a especialista ainda falou sobre autoestima, fertilidade e estética intima. O A10Cast com Beatriz Ribas vai ao ar todos os sábados, às 13h, e pode ser acompanhado pelo YouTube e também nos recortes disponíveis nas redes sociais: @a10cast, @portala10mais e @tvantena10.