A delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu mais detalhes à TV Antena 10 sobre o caso de Aline Nayara, de 24 anos, que foi encontrada carbonizada em um povoado na região do Rodoanel, na zona Sudeste de Teresina. Segundo a delegada, a vítima era envolvida com tráfico de drogas e possuía um extenso registro de viagens onde transportava entorpecentes.
De acordo com a delegada, Aline viajava para diversos municípios piauienses e até para outros estados transportando entorpecentes; não se sabe ainda se essa prática teria ligação com o seu assassinato.
“A Aline tinha um envolvimento com tráfico de drogas, a gente identificou sucessivas viagens que ela fazia para outros estados e para outros municípios do Piauí levando drogas. Pra gente já está claro o envolvimento dela com o tráfico. A motivação [de seu assassinato] vai surgir ao longo da investigação”, relevou à TV Antena 10.
Ainda segundo a delegada, a polícia já vinha investigando Demétrius Moraes Gomes, que foi preso nesta quinta-feira (22), no estado do Pará, suspeito de participação no crime. Durante a prisão do suspeito, que estava foragido do sistema prisional, foi realizada a prisão de seu filho, Marcos Moita Moraes, que também estava foragido, e de seu caseiro.
“Tínhamos informação que o nosso principal suspeito encontrava-se na cidade de Marabá e a gente já tinha representado pela prisão temporária dele. O carro utilizado no crime foi identificado, conseguimos ver o trajeto desse carro do Piauí para Marabá (Pará). Vimos que ele tinha familiares lá também. Além disso também foi recapturado o filho dele, o Marcos, que estava foragido. Houve ainda mais uma prisão em flagrante do caseiro dele por posse ilegal de arma de fogo porque ele estava com uma espingarda no momento”, contou à TV Antena 10.
A delegada contou que Demétrius Moraes estava preso, mas que em uma das saídas permitidas não retornou à penitenciária onde estava no Piauí. O crime realizado contra Aline aconteceu no dia 10 de julho deste ano, quando ele já era considerado foragido.
“Ele estava no sistema prisional e em uma das saídas ele não retornou. E no momento que foi realizado o crime ele ja estava como foragido da justiça. Segundo as informações ele seria um dos executores. O desenrolar virá com a investigação e outros envolvidos serão responsabilizados”, finalizou.