As investigações sobre o assassinato de Breno Rodrigues da Silva, de 16 anos, ganharam novos elementos. À TV Antena 10 e ao A10+, o delegado Danúbio Dias informou que o homem conduzido, nessa terça-feira (19), havia emprestado uma motocicleta para vítima que, até então, não tinha devolvido, mas que não teria envolvimento com o crime. Ele chegou a apresentar uma testemunha para reforçar que não estava presente no local no momento da execução.
Os familiares confirmaram que o homem conduzido teria procurado Breno para cobrar sobre o veículo. Desconfiados por ele ser um desconhecido, eles acionaram a polícia.
"Em depoimento formal, ele alegou que a vítima, por volta de 14h, pediu a moto emprestada, dizendo que iria comprar um refrigerante e não retornou. Por conta disso, ele foi até os familiares da vítima procurar saber o paradeiro dele, já que a vítima não retornava com a moto. Ele foi categórico ao dizer que não tinha nenhum envolvimento. O que houve, a princípio, foi a desconfiança da família, porque não conheciam ele. O departamento ainda, logicamente, trabalha para confirmar as alegações", detalhou o delegado.
No caso, a testemunha afirmou que, no momento do crime, estava com o homem conduzido. Diante dos depoimentos, ele foi liberado, e a autoria segue desconhecida.
"É importante ressaltar que o departamento localizou uma testemunha que afirmou que estava com ele no momento em que houve os disparos vindo do cemitério. Essa testemunha já foi identificada e entrevistada, portanto, possivelmente, ele tem um álibi que confirma que ele não estava com a vítima no momento da execução. A testemunha reside próxima ao cemitério e é vizinha do rapaz que foi conduzido ontem. Ele apenas escutou os disparos vindo do cemitério, provavelmente, no momento em que a vítima foi executada, e esse rapaz que foi conduzido estava com essa testemunha", explicou o delegado.
Até o momento, a motocicleta que estaria com Breno não foi localizada. Segundo a polícia, o local em que ocorreu o crime seria conhecido por intenso conflito entre facções.
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"O Departamento trabalha para entender o que aconteceu. A vítima não tem passagens, a única questão é que os familiares relatam que a vítima tinha alguns amigos que, infelizmente, eram envolvidos com um crime. Vamos tentar verificar e identificar essas pessoas, mas até o momento ainda não está claro o que motivou esse crime", concluiu.
O corpo do adolescente foi encontrado ao lado de um túmulo do Cemitério Santa Cruz, no bairro Promorar, na zona Sul de Teresina.
A mãe da vítima relatou ao A10+ que desconhecia, até então, qualquer ameaça direcionada ao filho. "Ele não tinha envolvimento com nada, nunca usou droga, nunca matou, nunca roubou, ele era estudante da escola Martins Napoleão, 16 anos. Tudo o que ele podia ele fazia, trabalhava e ajudava", lamentou a mãe ao A10+ e a TV Antena 10.
Ela relatou ainda que Breno saiu de casa na tarde desta segunda-feira (18), dizendo que iria visitar a filha, porém não retornou. O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Piauí.