(Atualizada às 15h15)
O pré-candidato à Prefeitura de Teresina nas eleições municipais deste ano, Fábio Novo (PT), concedeu entrevista ao programa Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, na tarde desta sexta-feira (03). O deputado apresentou seu plano de governo e estratégias para as demandas mais críticas da capital, como a saúde, drenagem e o transporte público.
Novo destacou que através de gestão, planejamento a longo prazo e articulações políticas a nível estadual e federal, Teresina pode ter muitas melhorias, em detrimento à gestão atual. No transporte, o pré-candidato afirmou que, se eleito, pretende dobrar a frota de ônibus em Teresina, além de promover modernidades ao sistema e até mesmo a aquisição de ônibus elétricos, visando um transporte moderno e sustentável.
“Teresina hoje tem 200 ônibus circulando, não é o suficiente. Teresina precisa de no mínimo o dobro. O sistema é desorganizado. Ele é um sistema que não é moderno, não tem tecnologia. Visitei São Paulo ano passado, Curitiba, onde tem os melhores sistemas, que usam tecnologia e são modernos. Teresina arrecada R$ 5 bilhões e quanto Teresina gasta? R$ 3 milhões por mês. Em 12 meses, são R$ 36 milhões. Vamos dobrar a frota para 400 ônibus no primeiro ano de gestão”, pontuou o petista.
Fábio Novo explicou que planeja dobrar os recursos para o setor, tirando de onde pode estar se gastando equivocadamente. O pré-candidato destacou que em seu segundo ano de governo, o planejamento é zerar a tarifa para os estudantes do município e estado.
“200 cidades já fazem isso. Fortaleza aqui do lado faz isso. Esse é o meu compromisso. No segundo ano já estaríamos melhor, não é o ideal, tomei posse. Já tenho o apoio dos deputados, do Lula, governador. O que o governador vai fazer? Tem uma lei estadual que permite diminuir o ICMS e vou lutar para reduzir, trabalhar para zerar. O custo de 45% do transporte é diesel e manutenção, metade do custo do sistema é isso”, explica o deputado.
Além disso, a previsão de Novo, conforme seu planejamento e previsão, é que a passagem ainda caia para R$ 3,50 no segundo ano de seu governo. De acordo com o petista, no terceiro ano de gestão, a prefeitura teria mais recursos e já partiria para aquisição de ônibus elétricos.
“No terceiro ano eu já vou ter mais dinheiro para comprar ônibus novo; todo ônibus vai ser elétrico. Ninguém pode fugir do carro elétrico, precisamos descarbonizar o planeta é urgente, precisamos diminuir o máximo possível de emissão de CO2, o que mais esquenta é o consumo do combustível fóssil. Estamos falando de um sistema de transporte que na gestão do Fábio Novo vai caminhar para ser moderna e sustentável, estou falando dessa forma, a cada ano com o que vai ser, porque eu estudei, estou me cercando dos melhores técnicos para apresentar uma boa solução para Teresina, vou conhecer as boas experiências, para saber como eles fazem”, reiterou.
O petista destaca também que, se eleito, quer reativar a sala de controle, pois segundo ele, não estaria sendo utilizada atualmente na capital.
Drenagem
O pré-candidato comentou que o próximo gestor precisa de um plano para a drenagem em Teresina. Segundo Novo, o custo para intervenções em todas as galerias em que há necessidade em Teresina seria em R$ 4 milhões e há a necessidade de um estudo para os pontos mais críticos, como Torquato Neto, Mocambinho e a galeria da Zona Leste.
“Observe que não podemos mais negar os efeitos do clima extremo. Cada vez mais nosso planeta está ficando mais quente, desequilíbrio das temperaturas. A tendência é que no Sul do país chova mais, no Nordeste vai ter mais seca; vai ter período que vai chover muito no Nordeste, como aqui em Teresina. Nos últimos cinco anos, o que se observa aqui em Teresina? Chove muito num curto espaço de tempo e aí ruas inteiras se transformam em rios. Por isso que nos últimos cinco anos a gente começou a ver cenas de carros sendo arrastados, mortes acontecendo. É preciso que a próxima gestão tenha um plano sobre drenagem. [...] Teresina tem 12 pontos críticos, como no Mocambinho, da zona Leste e o do Torquato Neto. É preciso fazer o planejamento para fazer o investimento para ir resolvendo esse problema da drenagem”, afirma.
Fábio Novo chamou atenção ainda para além do plano de governo, é a articulação política e boas relações para trazer recursos para Teresina. O deputado disse também que caminhou por todos os bairros de Teresina e sabe das problemáticas da cidade.
O petista afirmou recebeu mais de 9 mil contribuições da população através de um canal, uma plataforma para o recebimento de contribuições da sociedade acerca da capital.
“Para fazer drenagem, é preciso um plano de governo para a cidade e que tenha atores políticos que consigam trazer o dinheiro para a cidade. Só traz dinheiro para a cidade se for alguém que tenha uma boa relação com o presidente da república, com o governador, com os ministros, deputados federais e deputados estaduais. E o nosso plano de governo, graças a Deus, reúne essas condições. O Lula tomou posse em janeiro do ano passado e ele mandou R$ 70 milhões em fevereiro do ano passado, estamos em maio, para começar as galerias do Torquato Neto e até agora não foram começadas. A gestão atual não consegue concluir o processo, a licitação, para começar a obra. Isso é falta de gestão. E está chovendo e terminando mais um inverno, lá está mais estragado . Então a obra vai custar mais”, diz.
Acerca da problemática, o deputado reiterou que enquanto isso, com o valor, estaria ajudando a resolver o problema, fomentando a economia e gerando emprego e renda com esse recurso.
“R$ 70 milhões para começar a galeria do Torquato Neto é um bom dinheiro, gera emprego e renda e ajuda a resolver parte do problema. Depois de gasto esse dinheiro, vai vir outro pedaço para continuar a obra. Infelizmente a gestão não consegue dar resolutividade a esse problema. É botar gente lá nesse lugar que consiga fazer a licitação, destravar, colocar para fazer”, completa.
Saúde
Acerca da área da Saúde, o deputado afirmou que em seu plano de governo está a proposta de reorganizar a rede local, dando maior acesso aos serviços básicos para a população, como a entrega de medicamentos. No caso de hipertensos e diabéticos, ele irá propor que eles recebam em casa através dos Correios, em que se buscará um convênio para o serviço.
“Não sei se vocês viram a auditoria do Tribunal de Contas sobre a Saúde em Teresina. A auditoria concluiu que não está faltando dinheiro, está faltando gestão. O que nós temos que fazer? Está sobrando dinheiro? Não. Podemos ter mais recursos? Sim, é o ideal. Mas eu começo trabalhando com o que eu tenho. Se eu tenho, eu preciso pegar aquele recursos e gastar da melhor forma possível e atingir quem está precisando. O povo de Teresina quer direito a uma consulta, exame e faça a sua cirurgia, mas lá no posto de saúde, o povo de Teresina quer o remédio, que é necessário, da lista obrigatória. [...] O que nós vamos fazer? Tem que dar o remédio, eu tenho uma lista de pessoas que já precisam desses remédios obrigatórios. E aí vem a minha proposta: quem precisa de remédio de diabetes e pressão, não precisa ir mais no posto pegar. Nós vamos fazer um convênio com os Correios para entregar na casa da pessoa. Onde está o desvio? Na hora que tu pega o remédio está na distribuidora, que vai para o almoxarifado e quando vai para o posto de saúde, é bem aqui nessa hora, desse caminho, que muda o caminho. O que vamos fazer? Não vai ter mais desvio. Vou contratar Uber, moto taxista e ele vai entregar o remédio na casa da pessoa, é renda para nova categoria, Uma ideia simples, que gera emprego, que dá dignidade. Isso está no meu plano de governo, andei em todos os bairros e escutei as pessoas”, explica Novo.