Nome do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) nas eleições municipais de 2024, Francinaldo Leão foi o último sabatinado nesta sexta-feira (13), entre os concorrentes ao cargo de prefeito de Teresina, no programa Bancada Piauí da TV Antena 10. O candidato apresentou suas propostas para saúde, transporte e educação diante da corrida ao Palácio da Cidade.
Com um forte apelo popular em seus discursos, Francinaldo Leão iniciou a sabatina destacando que o povo periférico teresinense tem nele um representante de fato, pois já tem um histórico na luta pelo movimento comunitário e sabe da realidade da população. Este é o quarto pleito em que o candidato participa.
“Me atrasei justamente por estar olhando a realidade do povo da Cacimba Velha, que tem passado por uma problemática muito grande em termos de poeira, os alunos nos colégios estão com muitas dificuldades e o povo nas UBS passado uma problemática muito grande pelo descaso da atual gestão. A gente está vendo essa dificuldade, conversando com o povo e a gente está vendo que eles foram esquecidos durante muito tempo, o povo periférico e hoje eles tem um representante de fato, porque vem lá do povo periférico”, disse.
“Posso levar 100 mil cabeçadas, mas vou falar a verdade”
Na saúde, o candidato pontuou que a área vive um verdadeiro caos e que inicialmente, iria fazer uma conversação com todos os profissionais para reverter essa situação. Além disso, ele pretende construir um Hospital do Câncer em Teresina. Francinaldo Leão teceu críticas ao atendimento, a crise nesse sentido e reafirmou que pode ‘levar 100 mil cabeçadas, mas vai continuar falando a verdade para o povo’.
“Eu andei Teresina toda com uma sogra minha que era doente, estava com câncer terminal e era só sofrimento. A gente ia para o São Marcos, era sofrimento por uma cadeira de rodas. Se quer tem um ônibus por parte da prefeitura para pegar esse povo em casa, povo sofredor. E quando você chega em determinados hospitais, você é tratado como lixo, você é jogado. A gente quer humanizar isso. E como humanizar se não for uma pessoa que veio do povo, que depende do sistema? Os caras que estão aí não sabem o sofrimento. Todos eles têm planos de saúde e quando adoecem aqui, vão para São Paulo. A gente está aqui para defender o povo e eu já disse, eu posso levar 100 mil cabeçadas, mas vou falar a verdade para o povo, aquela que eles não falam”, completa.
O candidato do Psol protestou contra a discrepância de recursos para sua campanha com relação aos demais candidatos. Além disso, ele não acredita nas atuais pesquisas e segundo levantamentos internos, ele pode chegar a 8% e o pleito de 2024 não está polarizado como falam. Francinaldo pontuou ainda que o verdadeiro espaço que tem é em momentos como este, proporcionado pela TV Antena 10.
“Mínima estrutura. Enquanto uns ganharam R$ 1,5 milhão para uma candidatura a prefeito de Teresina, a gente conseguiu R$ 100 mil. Enquanto uns tem dois minutos de propaganda eleitoral, a gente tem 30 segundos. Eu acho que o verdadeiro espaço é esse que a gente está aqui, na sabatina. A gente tem caminhado e eu acho que as pesquisas não mostram a verdade, porque pelo o que a gente sabe, nas pesquisas a gente está de 5 a 8% e tenho certeza que não estão falando a verdade e não está polarizada do jeito que estão mostrando. A gente vai levar nossa voz, que é a voz do povo periférico”, reitera.
Francinaldo Leão relembrou a conjuntura da eleição passada reafirmada a necessidade da voz da sua candidatura nesse contexto. “A gente não pode esquecer que essa estrutura hoje é a mesma de 4 anos atrás, onde estava MDB, PT, PP para eleger um salvador da pátria que se chama Dr. Pessoa. Agora na hora que deu errado, todo mundo se dividiu. Jeová está hoje com o Silvio, ficou até ontem à frente da prefeitura; a gente tem que lembrar do Paulo Márcio que votou no Bolsonaro até ontem e hoje ta aí sendo vice do Fábio Novo. A gente trás a verdadeira política, a verdade ao eleitor”, completa.
Recado para Antônio José Lira
Na sabatina, o candidato relembrou o episódio no qual sofreu um cabeçada por parte de Doutor Pessoa durante um candidato e aproveitou para mandar um recado para um dos principais aliados do prefeito, o vereador Antônio José Lira.
“Estamos sendo barrados também em determinadas entrevistas, debates. Às vezes fomos parados por cabeçadas. Determinado líder do governo foi em um debate dizer que a gente não merecia uma cabeçada e sim um tapa na cara; e eu quero dizer para ele, Antônio José Lira, vamos lá na Cacimba Velha para você ver a situação do povo; para você beijar o asfalto. Na verdade não vai beijar o asfalto não, vai beijar o chão batido e a poeira que tem lá. Essa é a realidade de Teresina”, afirma.