O candidato à Prefeitura de Teresina nas eleições municipais deste ano, Sílvio Mendes (UB), concedeu entrevista ao programa Bancada Piauí, da TV Antena 10, na tarde desta quarta-feira (24). O médico falou sobre propostas de sua campanha para a capital e teceu críticas às propostas apresentadas pelo candidato Fábio Novo (PT), quanto à possibilidade de ônibus elétricos na capital. Para ele, são “indecentes”.
Na saúde, o candidato destacou que foi secretário de saúde durante 12 anos e prefeito por quase 6, por isso, um grande esforço foi realizado para a cidade nesta área. Mas em um primeiro momento, Sílvio pontuou a necessidade de ampliação dos leitos do HUT e a desburocratização do acesso aos serviços básicos de saúde através de uma plataforma digital.
“Todo nosso esforço foi feito para que a cidade progrida, crie oportunidades, com uma equipe fantástica que ajudou a fazer isso. Mas o momento é outro. O que mais incomoda o teresinense? O setor da saúde. Toda a rede física, seja o HUT, 92 Unidades Básicas, o maior laboratório do estado, 3 maternidades, o que existe aí fomos nós que fizemos. O que precisa ser feito agora? Voltar a funcionar. A ter o medicamento, o funcionamento deve ser correto durante o tempo que for necessário no direito básico delas. É preciso ampliar o HUT, ampliar o número de leitos. Se nós fizemos o hospital, a gente sabe fazer a ampliação. É preciso que volte, dentro de uma plataforma digital, que vai permitir você fazer dentro do SUS, o agendamento de uma consulta, que tem gente que passa meses para ter e imprimir seu exame de laboratório”, pontua o candidato.
Melhorias no transporte, caso seja eleito, e críticas a Fábio Novo
Quanto ao transporte, Sílvio teceu críticas às propostas apresentadas pelo candidato Fábio Novo (PT), quanto à possibilidade de ônibus elétricos na capital, caso seja eleito. Para ele, são “indecentes”.
“Quando uma roda não roda direito, implica as outras. Isso a gente sabe fazer e nem vai prometer aqui ônibus elétrico. Pelo amor de Deus, isso é uma proposta indecente em época de eleição. Nenhuma cidade capital do Brasil tem isso. Um ônibus comum custa em torno de R$ 1 milhão e o ônibus elétrico 3 (milhões). Se a frota de Teresina é 450 ônibus, que está rodando bem menos, multiplica 450 por 3 vezes que dá quase 1 bilhão. Vamos ser decentes, bora deixar de mentira, de querer enganar as pessoas. Alguns por necessidade são convencidos”, disparou.
Nesse sentido, o médico ressaltou que a ausência atual do transporte coletivo impactou no Centro de Teresina, como fechamento de lojas, empregos perdidos e ambulantes de volta às ruas e calçadas. Para a área, caso seja eleito, o ex-prefeito destacou que pretende autorizar o uso da faixa exclusiva dos ônibus para motociclistas e até para taxistas.
“No transporte público tem coisas que tem que ser feitas agora sem precisar de dinheiro. Olha só a quantidade de acidentes em Teresina pelo uso indevido das motos. Elas vão poder usar as faixas exclusivas dos ônibus. Veja quanto tempo elas passam vazias. Permitir o motociclista de usar essa faixa para não ficar costurando e causando acidentes e diminuindo a despesa do HUT. Até do ponto de vista econômico é importante. Até para o táxi. Por que não?”, frisou.
Ainda na entrevista, o candidato comentou sobre suas propostas na cultura, ataques nas redes sociais e a associação de seu nome ao ex-presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.