A gestão de Dr. Pessoa (PRD) marcou a história como uma das mais desastrosas da capital piauiense. Além de não conseguir implementar grandes novidades, o atual prefeito sucateou áreas que antes eram referência, como a saúde e a educação. Sem falar na crise sem solução do transporte coletivo e da problemática da coleta de lixo.
Não é por um acaso que o prefeito perdeu um enorme capital político em quatro anos, período considerado curto. O gestor saiu de uma votação de 236.339 votos em 2020 para 10.131 votos no pleito deste ano.
No entanto, a reprovação que foi atestada nas urnas pela população não se viu na Câmara Municipal durante o mandato. Os vereadores, responsáveis por acompanhar as ações do poder Executivo, tiveram a oportunidade intervir contra os desmandos e poderiam ter aprovado um impeachment, mas resolveram consentir com o caos no governo de Teresina.
A posição excessivamente compreensiva dos parlamentares tem uma explicação. Com exceções pontuais, praticamente todos eles reconhecem Dr. Pessoa como o melhor para os vereadores. O prefeito conquistou essa marca por atender, geralmente sem grandes burocracias, os pedidos individuais dos nobres parlamentares.
“Para vereador ele [Dr.Pessoa] foi sempre um grande prefeito, sempre abraçou, ele sempre esteve muito próximo dos vereadores atendendo as reivindicações”, declarou o experiente vereador Renato Berger (PRD) à imprensa em setembro deste ano.
Na Câmara Municipal, nomes pontuais fizeram oposição desde o início da gestão, a exemplo do vereador Ismael Silva (PP), que travou grandes embates no parlamento e na justiça contra Dr. Pessoa.