Ex-estagiário de fórum é preso por fornecer informações de processos a acusado de tráfico de drogas

Segundo o MP-CE, o ex-estagiário mantinha relacionamento íntimo com fornecedores de drogas

Um ex-estagiário do Fórum de Quixadá, no interior do Ceará, foi preso preventivamente por suspeita de fornecer informações de processos a um acusado de integrar o tráfico de drogas na região. Segundo o Ministério Público do Ceará (MP), Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados. 

O material era composto por fotos de boletins de ocorrência e termos de depoimento. Ainda de acordo com o MP-CE, os crimes teriam ocorrido em fevereiro de 2023, via WhatsApp.

  

Ex-estagiário de fórum é preso por fornecer informações de processos a acusado de tráfico de drogas Reprodução

   

“O ex-estagiário foi preso em razão da suspeita de prática de dois crimes: violação de sigilo funcional, descrita no artigo 325 do Código Penal; e colaboração para o tráfico, disposta no artigo 37 da Lei nº 11.343/2006”, disse o MP em nota divulgada à imprensa. 

As investigações chegaram ao suspeito após a realização da Operação Taciturno – Fim dos Tempos, deflagrada no município de Banabuiú. À época, foram apreendidos celulares de pessoas supostamente envolvidas com o tráfico de drogas no Sertão Central. 

A análise dos dados revelou ainda que Caio Rodrigo Maciel de Freitas Ribeiro, na condição de estagiário do Poder Judiciário local, repassava informações sigilosas sobre processos judiciais, favorecendo-se do acesso aos sistemas.

“De acordo com as investigações, o indiciado enviou informações de mais de dez suspeitos e acusados. O material – fotos de boletins de ocorrência e termos de depoimento – foi passado a um suspeito de integrar o tráfico na região”, completou o órgão. 

Ainda segundo o MP, o ex-estagiário mantinha relacionamento íntimo com fornecedores de drogas, tratava sobre compra e venda de drogas nas conversas de WhatsApp e sinalizava que estava planejando cultivar plantas alucinógenas. “As circunstâncias, portanto, demonstram a periculosidade social do indiciado e reforçam a necessidade do pedido de prisão preventiva feito pelo MP Estadual”, destacou.

O A10+ não conseguiu contato com a defesa do suspeito até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto através do email: redacao@a10mais.com ou no WhatsApp (86) 3218-1010.