O impasse entre os responsáveis pelo funcionamento do transporte público em Teresina continua: os trabalhadores do transporte receberam na noite desta terça-feira (20) a segunda parcela do 13º salário, entretanto parte do salário normal não foi pago ainda, o que faz a possibilidade de uma paralisação surgir em Teresina novamente.
O pagamento da segunda parcela do 13º salário foi realizado por volta das 22h, faltando 2 horas para o prazo limite, mas a segunda parte do salário normal, que deveria ter sido pago até esta terça também, não foi repassada.
A TV Antena 10 apurou que o salário dos trabalhadores do transporte é pago em duas etapas: 60% do valor integral do salário é pago no dia 05 de todos os meses; os outros 40% são pagos até o dia 20; até o momento os trabalhadores não receberam o restante de seus salários.
A categoria pede que aconteça, pelo menos, uma reunião entre Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) até hoje para que seja estipulado um novo acordo de pagamento. Caso não aconteça o pagamento ou a reunião, uma nova paralisação do transporte público de Teresina começa nesta quinta-feira (21).
"Hoje nós temos que receber esse valor. Ontem foi pago o 13º, mas nenhuma empresa efetuou o pagamento do dia 20. Temos até hoje para receber esse pagamento e caso não receba amanhã de manhã já temos algumas mobilizações, por que isso não é justo. A gente trabalha para receber e até agora não recebemos. É muito triste isso e a gente cobra que as autoridades, como o Prefeito e vereadores, façam alguma coisa sobre isso. Eles foram eleitos para isso e inclusive era promessa de campanha", explicou o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
Frota teresinense apresenta queda
A população teresinense tem relatado perceber uma diminuição na frota do transporte público. Sobre isso o Coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, explicou que a frota está proporcional ao número de usuários, que apresentou queda.
De acordo com o coordenador, rodavam 396 ônibus antes da pandemia e agora rodam 226 ônibus. 220 mil passageiros circulavam por dia por dia antes da pandemia e agora circulam 110 mil pessoas.