ZPE Piauí exportou 677,4 toneladas e celebra a aprovação de novas indústrias em 2024

O volume exportado aumentou de 20 toneladas, em 2023, para 677,4 toneladas até o dia 19 de dezembro deste ano

A Zona de Processamento de Exportações do Piauí (ZPE Piauí) celebra o ano de 2024 com o início de suas exportações em grande escala para países de, pelo menos, três continentes (América, Europa e Ásia). O volume exportado aumentou de 20 toneladas, em 2023, para 677,4 toneladas até o dia 19 de dezembro deste ano, representando um crescimento expressivo de 3.287%.

No setor de importação, o avanço também foi significativo: a aquisição de máquinas e insumos para a produção industrial dentro do perímetro da ZPE Piauí subiu de 8,16 toneladas, em 2023, para 45,41 toneladas, em 2024, um incremento de 456,5%. “Neste ano de 2024, a ZPE Piauí avançou bastante na sua atividade-fim, que é a exportação, batendo recordes mensais e chegando em dezembro com mais de 670 toneladas de produtos exportados pela Indústria Agrocera”, avaliou Álvaro Nolleto, presidente da empresa administradora da ZPE piauiense.

  
ZPE Piauí Divulgação
 
 
 

Álvaro Nolleto ressaltou que o sucesso da ZPE reflete o esforço do Governo do Estado, por meio das políticas de desenvolvimento econômico elaboradas pelo governador Rafael Fonteles e sua equipe técnica, para promover a industrialização do Piauí, tendo a zona de livre comércio como um dos projetos prioritários. “Em 2025, vamos seguir avançando para termos uma ZPE cada vez mais forte e atraente aos investidores”, prosseguiu Álvaro.

Toda a movimentação de mercadorias, seja para exportação ou importação, é processada na Área de Despacho Aduaneiro (ADA), estrutura construída na ZPE pelo Governo do Estado do Piauí, por meio da Investe Piauí e, em seguida, transferida para a Receita Federal do Brasil, órgão responsável por todas as operações de desembaraço aduaneiro e liberação dos contêineres já em trânsito internacional.

Tecnologia

Com 11 startups de tecnologia atendendo clientes no Brasil e no exterior, uma indústria produtora de cera de carnaúba, cinco novas indústrias em processo de implantação e outras quatro propostas de plantas industriais em análise técnica, a ZPE Piauí conclui 2024 com resultados que justificam os investimentos do Governo do Estado, por meio da Agência de Atração de Investimentos Estratégicos (Investe Piauí).

Segundo o presidente Álvaro Nolleto, os investimentos autorizados pelo governador Rafael Fonteles consolidam 2024 como um marco histórico para as exportações piauienses, especialmente com o início das remessas em grande escala e a conquista de mercados globais em três continentes.

 O diretor comercial da ZPE Piauí, Victor Augusto, parabenizou a Indústria Agrocera pelos seus resultados na fabricação e exportação de cera de carnaúba. “A Agrocera vem tendo um crescimento vertiginoso com o aumento das suas exportações e importação de máquinas, utilizando os benefícios do programa de ZPEs. Com isso, vem batendo seus próprios recordes de exportação todos os meses”, reconheceu. Ele disse ainda que esses benefícios para importação de máquinas e equipamentos com suspensão de todos os impostos estão à disposição de todos os investidores que tiverem seus projetos industriais aprovados para a ZPE.

Empresas autorizadas e geração de empregos

“Em 2024, tivemos a autorização para a instalação de cinco indústrias, e isso demonstra o potencial que a ZPE piauiense tem de continuar atraindo novos investidores para se instalarem no nosso parque industrial”, avaliou Victor Augusto. As indústrias autorizadas a operar na ZPE Piauí abrangem diversos setores, como beneficiamento de castanha de caju (Arrey Foods), mel de abelha (Via Natural), montagem de tratores (Sadim Tratores), fabricação de cosméticos (Pratic Hair) e produtos derivados da fécula de mandioca (Delta Brazilian Starch). Assim como a Agrocera, que já opera na ZPE Piauí, as novas empresas aprovadas também têm perfil exportador e utilizarão matérias-primas regionais.

“Esse modelo de negócios proposto pela Investe Piauí e prontamente aceito pelas empresas terá impactos positivos e duradouros na região, sobretudo na geração de empregos e riqueza”, afirmou Álvaro Nolleto. A expectativa é que as cinco novas indústrias devem gerar entre 250 e 350 empregos diretos. “Para 2025, esperamos que, pelo menos, duas das cinco indústrias autorizadas concluam suas instalações e já comecem a exportar”, disse Victor Augusto.

Hidrogênio verde

Entre os projetos em análise pelo Conselho das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), em Brasília, dois se destacam pela magnitude do investimento, estimado em R$ 200 bilhões. Esses projetos, das multinacionais Green Energy Park e Solatio, receberam importante apoio institucional da Investe Piauí e do Governo do Estado do Piauí, que também destinaram um terreno apropriado para a sua instalação.

“A Solatio ocupará uma área reservada próxima à sede administrativa da ZPE, enquanto a Green Energy Park será instalada em um terreno também muito próximo, com 311 hectares de área, adquirido pelo Governo do Estado neste ano de 2024”, explicou Victor Augusto. Ele destacou que essas iniciativas colocarão Parnaíba e o Piauí em evidência nacional e internacional, alinhando-se aos objetivos globais de descarbonização das matrizes energéticas e de todas as atividades comerciais e industriais.

Intercâmbio com universidades e qualificação profissional

Os empreendimentos industriais e de serviços na ZPE Piauí também têm como objetivo beneficiar a população local e regional. “Para que a população participe desse empreendimento é necessário que esteja preparada para atender as demandas por profissionais qualificados e versáteis. Por isso, buscamos parcerias com escolas e universidades, incentivando a integração da comunidade nesse processo”, destacou Álvaro Nolleto.

Em 2024, a ZPE recebeu 19 visitas técnicas de estudantes e professores de instituições como UFPI, IFPI, UFDPAR, Senai e Uninassau. Além disso, iniciou diálogos com instituições de ensino técnico e superior para estimulá-las a adaptarem seus currículos às novas demandas profissionais das indústrias já instaladas e das que estão em fase de implantação.