Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a interditar, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (01), o trecho da BR-316 que dá acesso a Ponte Engenheiro Antônio Noronha, mais conhecida como Ponte da Tabuleta, que liga as cidades de Teresina-PI a Timon-MA. Por conta da manifestação, um congestionamento se formou prejudicando o tráfego de veículos no local.
O protesto teve início ainda na noite de segunda-feira (31). Os manifestantes são contra o resultado da eleição que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Jair Bolsonaro (PL) se tornou o primeiro chefe do Executivo a concorrer à reeleição e não vencer.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que os manifestantes interditaram a BR-316 novamente. Os agentes estão no local trabalhando para liberar a via o mais rápido possível.
Na noite de ontem, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para desobstrução de vias ocupadas ilegalmente.
Moraes atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral. Caminhoneiros bolsonaristas ocupam, desde segunda, trechos de rodovias em estados do país em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro na eleição.
O Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (Sindicapi) emitiu uma nota e se posicionou contra as manifestações e o bloqueio do trânsito em pontos considerados essenciais.
Veja abaixo a nota na íntegra:
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, e o Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (SINDICAPI), entidade responsável pelo setor dos transportes no Piauí, acompanham as paralisações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção.
Respeitamos o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.
Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
Nesse sentido, a CNT e o SINDICAPI tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil.
Confederação Nacional do Transporte e SINDICAPI
Humberto Lopes
Pres. SINDICAPI