(Atualizada às 12h50)
Um cavalo morreu após ser enforcado durante ação do Centro de Controle de Zoonoses de Teresina no bairro Buenos Aires, zona Norte da capital, na quarta-feira (18). Moradores estão revoltados com o caso e pela forma 'desastrosa' que foi praticada pelos agentes durante a captura. (Veja a nota do órgão ao final desta reportagem).
Em áudio obtido pelo A10+, Tina Lima, presidente da Associação de Carroceiros de Teresina contou que o tutor do cavalo tinha deixado o animal em frente à sua residência para ir buscar uma das filhas na escola. Depois disso, a suspeita preliminar, é o que o animal se soltou e foi visto por uma equipe do Centro de Zoonoses que transitava pela região.
Reprodução
No vídeo, obtido pelo A10+, é possível ver o exato momento que o animal resiste em ser capturado. "Eu já tinha visto coisa pior dentro da Zoonoses, mas desse jeito não. Um carroceiro se descuidou do animal dele enquanto foi deixar a filha na escola. Quando ele chegou o pessoal da Zoonoses já estava capturando o animal dele. Que isso é de costume deles fazer dia e noite, madrugada, não tem hora pra eles fazerem", contou.
Nas imagens é possível ver o cavalo caído ao chão após a tentativa de remoção, convulsionando. "O animal se batendo e eles continuando puxando, sangrando pela boca, chegou a quebrar uma veia do pescoço do cavalo. Depois que tava morto no chão, pegaram e fugiram com o cavalo do carroceiro. Era um animal bem tratado, só na ração. Tudo por irresponsabilidade, os laçadores pegam os animais de qualquer jeito para cada um ganhar R$ 300. Depois dessa administração a situação tá péssima", completou.
Tina reforçou que a Associação de Carroceiros de Teresina quer justiça e que os responsáveis precisam ser punidos. O A10+ não conseguiu contato com o dono do animal para comentar o caso.
Vereadora cobra investigação por morte de cavalo
Em nota divulgada à imprensa, a vereadora Thanandra Sarapatinhas afirmou que pedirá o afastamento de três servidores do Centro de Zoonoses investigados por envolvimento na morte do cavalo. A parlamentar foi à Delegacia de Meio Ambiente, conversou com o delegado Willame Moraes e se colocou à disposição para ajudar o carroceiro Júlio César, 43 anos.
“Vou pedir o afastamento dos três servidores do Centro de Zoonoses que participaram da ação. A investigação ainda tem ocorrer, mas, quando for comprovado que realmente houve maus-tratos, eles terão que ser demitidos, não tenham dúvidas! Soube que o cavalo era idoso, cego e morreu lentamente. Toda situação é um absurdo. É inadmissível compactuar com uma atitude assim. As devidas providências terão que ser tomadas”, enfatizou.
O que diz a FMS?
Em nota encaminhada ao A10+, o Centro de Controle de Zoonoses, sob responsabilidade da Fundação Municipal de Saúde (FMS), informou que está averiguando o procedimento realizado com o animal.
O Centro de Controle de Zoonoses informa que está averiguando o procedimento realizado com o animal. Esclarece que já ouviu os envolvidos e também vai procurar as pessoas que presenciaram o ocorrido para tomar providências.