Motoristas de aplicativos irão realizar uma paralisação nacional nesta segunda-feira (15) em todo o Brasil contra as maiores plataformas de mobilidade urbana no país. No Piauí, o movimento também está confirmado e deverá paralisar cerca de 10 mil trabalhadores que, segundo representante, cobram algumas solicitações.
Ao A10+, Érico Luiz da Luta, presidente de Cooperativa de Transportes por Aplicativo, contou que a iniciativa da paralisação é chamar atenção do Poder Público contra a exploração dos trabalhadores imposta pelos aplicativos.
Segundo Érico, as plataformas internacionais (Uber e 99) prometem ganhos satisfatórios, oferecendo nos primeiros meses vantagens promocionais e bônus, só que, após alguns meses de trabalho, estes benefícios deixam de ser oferecidos pela plataforma. “Logo em seguida, estas mesmas plataformas passam a tirar o dinheiro das corridas dos motoristas por meio de altas tarifas”, disse.
Os motoristas por aplicativo também cobram do Governo do Estado a isenção do pagamento de IPVA e querem que a Prefeitura de Teresina delimite zonas de embarque e desembarque em toda a Capital. Eles também desejam a regulamentação da profissão, segundo representante.
“Vários outros estados e prefeituras, país a fora, já anunciaram incentivos e legislação que entrega aos trabalhadores por aplicativos IPVA zerado, zonas de embarque e desembarque e pontos de apoio. Aqui em Teresina, desde o início das atividades em 2016, os trabalhadores reclamam que, sequer, receberam algum benefício”, explicou Érico Luiz.
O A10+ apurou que em Teresina os trabalhadores planejam implementar inúmeros pontos de paralisação em toda cidade, com a obstrução de uma via, deixando a outra livre, e com a orientação para que a manifestação seja pacífica e dentro da legalidade, conforme o direito constitucional de manifestação e protesto.
As pautas de reivindicações denunciam ao Ministério Público do Trabalho a exploração dos aplicativos e solicitam que os aplicativos sejam intimados a atualizarem o valor mínimo do km rodado para R$ 2,50, bem como, ter uma tarifa máxima de 15%.
Ainda segundo Érico Luiz, o ato não tem hora para acabar e a categoria promete ficar parada durante toda a segunda (15) até receber respostas sobre as reivindicações.