Após a confirmação do primeiro foco de gripe aviária (Influenza Aviária H5N1) em aves domésticas no município de Quixeramobim, no Ceará, a Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária do Piauí (Sada), por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapi), intensificou imediatamente as ações de vigilância e prevenção em todo o território piauiense. O assunto, inclusive, foi tema de uma reunião na manhã desta segunda-feira (21) entre técnicos da Sada e Adapi.
O Piauí está, desde maio, em estado de emergência zoossanitária, com validade de 180 dias, o que garante mais agilidade na adoção de medidas protetivas. A partir da confirmação do caso no estado vizinho, a Adapi redobrou o monitoramento de granjas comerciais, criações de subsistência e pontos estratégicos de trânsito de aves e produtos avícolas, especialmente nas regiões de divisa com o Ceará.
Segundo o secretário da Sada, Fábio Abreu, embora o Piauí não tenha registrado casos da doença, o momento exige atenção máxima. “Felizmente, não temos casos confirmados no Piauí, mas reforçamos bastante, principalmente a comunicação com os nossos produtores. Estamos orientando e explicando a importância das medidas de prevenção, porque não existe uma barreira física entre os estados, nem entre países. E o Piauí, assim como outros estados, está na rota de aves migratórias, o que aumenta o risco”, destacou.
O secretário também chamou a atenção para o fato de que o caso confirmado no Ceará ocorreu em uma criação de subsistência, o que, segundo ele, reforça a necessidade de ampliar a vigilância em pequenos criatórios. “Não é um caso em granja comercial, que seria mais grave do ponto de vista econômico, mas exige a mesma seriedade nas ações. Nosso objetivo é reduzir qualquer possibilidade de disseminação do vírus”, afirmou.
Entre as medidas adotadas, estão: a ampliação das barreiras sanitárias nas fronteiras com o Ceará, reforço das fiscalizações nas propriedades e atualização dos cadastros sanitários. A Adapi também tem intensificado a coleta de amostras em granjas e criadouros de subsistência, que são encaminhadas para análise laboratorial. Até o momento, todas as amostras testadas no estado deram resultado negativo para a Influenza Aviária.
“Nós temos feito um trabalho contínuo de vigilância, com coletas frequentes e envio aos laboratórios, como ocorreu no caso do Ceará. Estamos também adquirindo mais EPIs para proteger nossas equipes e garantir resposta rápida, caso um eventual foco venha a ser identificado no Piauí”, acrescentou Fábio Abreu.
Em caso de detecção da doença no estado, as medidas previstas incluem o isolamento imediato da área, eliminação dos focos, intensificação da fiscalização num raio de até 10 km da localidade afetada e atuação conjunta com outras instituições e agências de defesa. “É por isso que temos mantido contato constante com os profissionais do Ceará, oferecendo apoio e alinhando ações conjuntas entre Adapi e Adagri”, completou o secretário.
A Adapi reforça que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro, desde que os produtos sejam corretamente manipulados e cozidos. No entanto, produtores e criadores devem notificar imediatamente qualquer mortalidade anormal de aves ou sintomas respiratórios suspeitos.
As notificações podem ser feitas pelos canais oficiais da Adapi, como o WhatsApp (86) 99462-1644, ou por meio do site e-Sisbravet.