O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou ao A10+ nesta terça-feira (22) que não vai conseguir efetuar o pagamento da 1ª parcela do 13° salário dos trabalhadores. Os empresários alegam que a Prefeitura de Teresina não está honrando com os repasses, desde que assumiu a gestão, dos subsídios contratuais mensais.
O pagamento estava previsto para o dia 30 de novembro. O A10+ procurou a administração municipal e aguarda o posicionamento. Em nota, o Setut relatou que, além do 13°, a folha de pagamento dos motoristas de ônibus que trabalharam no segundo turno das eleições também não foi paga por falta de verbas.
"As empresas ainda não realizaram o pagamento dos trabalhadores que foram convocados devido ao atraso no pagamento desse repasse financeiro por parte da Prefeitura, que já chega ao seu 23° dia. Infelizmente, o impasse com a Prefeitura segue por conta da falta de compromisso em honrar com suas obrigações contratuais, notadamente na questão dos subsídios mensais (gratuidades, estudantes, integrações, diferença entre tarifa técnica e tarifa praticada), que estão próximos aos R$ 5 milhões/mês", disse Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.
O Sindicato reforçou ainda que entende as reivindicações dos trabalhadores e que assim que possível realizará o pagamento. O Setut pontuou que com a proximidade do fim do ano, o problema tende a se agravar, já que também está próximo o período para a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2023.
"Devido à falta de soluções apresentadas pelo poder público, negociações não cumpridas, dentre outras questões, o transporte coletivo está próximo de seu colapso. O SETUT confirma que em dezembro e janeiro/2023, as duas entidades de classe se reunirão para alinhar questões sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2023, como já faz anualmente", disse a advogada Naiara Moraes, consultora jurídica do SETUT.
O A10+ apurou que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) já recebeu o ofício e que será feita uma assembleia para decidir o posicionamento da categoria. A expectativa é que os motoristas e cobradores realizem uma nova paralisação no transporte coletivo da capital, caso o pagamento não seja efetuado.