Caso Sereia: acusado de marcar encontro para matar adolescente é condenado a 22 anos de prisão no PI

Na época do crime, a vítima cavou a própria cova e depois foi executada a tiros; julgamento ocorreu nesta terça (07)

Igor Rodrigues de Sousa, conhecido como Lucas Ryan, foi condenado a 22 anos e 2 meses de prisão em regime fechado por executar a tiros, Gizele Vitória Silva Sampaio, de 17 anos, conhecida como 'Sereia'. O julgamento foi realizado na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina durante toda essa terça-feira (07). O crime ocorreu em maio de 2021.

O réu foi condenado pelos crimes de homicídio com a qualificadora de feminicídio e ocultação de cadáver. O Conselho de Sentença do Tribunal Popular do Júri de Teresina também determinou que Igor Rodrigues terá que pagar R$ 150 mil para a família da vítima.

  

Na época do crime, a vítima cavou a própria cova e depois foi executada a tiros Reprodução

   

Mais cedo, o promotor João Malato Neto, representante do Ministério Público do Piauí, relatou à TV Antena 10 que no dia do desaparecimento a jovem tinha marcado de se encontrar com o acusado, onde ele foi até a residência dela e logo depois a adolescente desapareceu. 

As investigações apontaram que o crime ocorreu devido a uma rixa entre facções criminosas, porque a vítima era ligada ao Bonde dos 40 e estava indo para um local frequentado por membros de outra facção, o PCC. Na época do crime, a facção da qual o réu fazia parte decretou a morte de Gizele ao saber que ela se relacionou com um membro de uma facção e, depois, teve envolvimento com Igor, que seria de uma facção rival.

O Promotor também destacou a crueldade do crime. A investigação aponta que o réu se aproximou da vítima e fingiu um relacionamento amoroso com ela para atraí-la para a morte. Ele ainda obrigou a adolescente a cavar a própria cova, além de divulgar fotos da execução nas redes sociais.

  

Igor Rodrigues foi preso pelo crime em abril de 2023 no Rio de Janeiro Reprodução

   

“Um crime covarde, o réu premeditou o crime, fingiu ter um relacionamento com ela, a convidou para sair na noite do crime, posteriormente, a sequestrou e a levou para a beira do Rio Poty. Obrigou ela a cavar uma cova, depois ele a executou com dois tiros na cabeça e divulgou as fotos dela morta na própria cova em que tinha cavado”, destacou.

Após o crime, o réu Igor Rodrigues da Silva fugiu para o Rio de Janeiro, onde foi preso em 28 de abril de 2023. A fuga e outras provas que ele fazia parte do PCC, de acordo com o promotor, não deixam dúvidas que foi o autor do crime.

“Tem uma farta prova documental que ele integra a facção PCC, tem fotos na internet com armas e fazendo apologia a essa facção. As provas são cabais, tem fotos dele no local antes e depois da morte. Posteriormente, a fuga dele para o Rio de Janeiro, só foi preso depois de muito tempo foragido. Tudo indica que ele é o executor”, finalizou.