Ércio Quaresma Firpe é o novo advogado de Thiago Mayson, que é acusado de estuprar e matar a estudante de Jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, em janeiro deste ano. O criminalista, conhecido nacionalmente, atuou na defesa do ex-goleiro Bruno, que foi condenado pela morte de Eliza Samúdio.
Com mais de 155 mil seguidores nas redes sociais, o advogado, que é formado pela Faculdade de Direito Milton Campos(1990), compartilha cursos e palestras realizados em todo o país. Ele é sócio proprietário da Quaresma Advogados Associados e também é Conselheiro Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Minas Gerais.
Ércio Quaresma Firpe assumiu a defesa de Thiago Mayson há dois dias e não compareceu à audiência marcada nesta sexta-feira (01), que foi adiada. Ao A10+, Ana Célia Sousa, professora da Uespi e membro da Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio, informou que o novo advogado de defesa teria alegado que não teve tempo de ler o processo.
“Ele se habilitou do processo há dois dias e, para adiar o julgamento, não compareceu hoje. Isso foi pra tumultuar, para cancelar a sessão. É uma estratégia deles. É triste que isso tenha acontecido, sendo que já estamos cobrando justiça há meses e mais uma vez o julgamento dele foi adiado. Vamos recorrer”, disse.
Em nota divulgada à imprensa, o Tribunal de Justiça do Piauí informou que o julgamento foi adiado "em razão da renúncia das advogadas de defesa, e substabelecimento a outro causídico, que pleiteou adiamento, em virtude de participação em outra audiência de denunciado preso". A previsão agora é que o novo julgamento ocorra a partir do dia 26 de setembro.
Relembre o caso
Janaína Bezerra, de apenas 22 anos, foi assassinada em uma sala da UFPI, após calourada ocorrida entre a noite de sexta-feira, 27 de janeiro, e a madrugada de sábado, dia 28. Thiago foi preso horas depois e teve a prisão preventiva decretada pela justiça no domingo, dia 29.
Em depoimento à polícia, ele contou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões. Ele relatou que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h.