(Atualizada às 13h45)
Eduardo Alves da Luz, de 43 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (12). Ele é acusado de tentar matar a ex-companheira, Joana D'ark de Alencar, de 34 anos, com diversas facadas na avenida principal do bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina, na semana passada. A vítima foi golpeada com, pelo menos, 12 facadas. Ela foi levada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e sobreviveu aos ferimentos.
De forma covarde, o homem desceu de um carro e esfaqueou a vítima. Ela estava sentada nas imediações de uma loja quando foi surpreendida pelo ex. Após o crime, Eduardo fugiu. Ele se apresentou na sede do DHPP na companhia de advogados na manhã desta terça (12), cinco dias depois da tentativa de assassinato.
"Com relação ao inquérito corre sobre segredo de justiça. É um inquérito sigiloso, não podemos falar nem adiantar nada. O que podemos dizer é que tivemos uma conversa prévia com a Dra Nathalia ontem e informamos que íamos apresentar nosso cliente hoje para os procedimentos normais e cabíveis, afinal de contas ele não está se furtando responder seja lá o que for imputado a ele. A partir de agora, como advogados, nós vamos provar a inocência dele", declarou a defesa do acusado, o advogado Dário Nogueira, em entrevista ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10.
A defesa sustentou ainda que Eduardo Alves tem diabete tipo 1 e que, neste caso, ele necessita de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais. "Serão feitos todos os procedimentos cabíveis a partir de agora. Nós vamos acompanhar porque ele é insulino dependente, é um preso especial, nós vamos buscar a liberdade dele o mais rápido possível porque ele pode sofrer, pode até morrer se não tomar a insulina", declarou.
O que diz a polícia?
Em entrevista à TV Antena 10, a delegada Nathalia Figueiredo, responsável pelo caso, relatou que Eduardo Alves usou do Direito constitucional de permanecer calado. Segundo ela, não foi a primeira vez que a vítima foi lesionada pelo criminoso. A mulher, de acordo com a polícia, não podia sequer ter rede social.
"Ele sempre foi, segundo ela, uma pessoa extremamente violenta, controladora, inclusive ela não tinha acesso a rede social, por exemplo, celular ela não tinha. Então esse arrependimento, que ele diz ter, muitas vezes é muito comum vir do agressor que encontra-se encurralado. Quem tinha que temer era ela, que não tinha vida, inclusive pra ir pro trabalho ela precisava de que um parente a deixasse, tamanho medo que ela tinha dele fazer alguma coisa e tanto que fez", disse.
Segundo a delegada, algumas testemunhas ainda serão ouvidas ao longo da investigação, mas que Eduardo Alves permanecerá preso preventivamente por até 10 dias. "Algumas diligências ainda têm que ser realizadas obviamente, mas elementos nós já temos suficientes para indica-lo como autor tanto que a gente representou pela preventiva e foi concedida pelo poder judiciário", completou.
Vítima estava sentada quando foi surpreendida pelo ex, diz testemunha
No dia do crime, uma mulher que não quis se identificar relatou à TV Antena 10 que a vítima, após sofrer as facadas, estava sentada e populares colocaram uma camisa para estancar o sangue: "ela estava em pé, pediu uma cadeira, sentou. Conversamos com ela e ela disse que a vista estava escurecendo. Pedimos ajuda na avenida, uma pessoa que passava colocou ela no carro e foi levada para o Promorar, depois para o HUT", afirma.