No dia 22 de junho, familiares de Erieldson Ribeiro da Costa foram surpreendidos com um vídeo que mostrava o adolescente, de apenas 14 anos, sendo executado com diversos tiros. Desde então, a polícia apura o que de fato motivou o assassinato que chocou moradores da região pela brutalidade e sangue frio dos criminosos. Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, o jovem teria sido executado porque caminhou em um território de faccionados.
Nesta quarta (12), equipes do Draco prenderam Jardiel, um segundo suspeito de envolvimento no assassinato. O homem, segundo a polícia, é membro do PCC e extremamente perigoso. Recentemente ele participou de um assalto a um policial federal na zona Leste de Teresina. Na ocasião, ocorrida no dia 18 de junho, três indivíduos armados, entre eles Jardiel, roubaram o veículo Prisma preto pertencente ao policial.
O delegado Francisco Costa, o Barêtta, contou que o assassinato foi motivado porque o jovem caminhou em um território dominado por facções criminosas.
“Eles simplesmente estaria passando pelo campo de futebol com um colega, como fazia todo final de tarde e, ao passar em frente da casa do Gongo, o Manga Rosa gritou: ‘olha quem tá passando ali’, então o colega de Erieldson correu e o chamou, mas ele tinha espectro autista, e não entendeu o perigo que estava correndo", disse o delegado ao RP50, parceiro do A10+.
Ainda segundo o delegado, o bairro onde o jovem morava seria dividido entre duas facções criminosas, o PCC e o B.40, mas Erieldson sequer pertencia a elas e também não tinha passagens. Em 04 de julho, o Draco prendeu Filipi Wanderson de Oliveira da Silva, vulgo “Manga Rosa”, suspeito de filmar e executar a vítima. A prisão ocorreu na cidade de Anísio de Abreu, interior do Piauí.
De acordo com a polícia, o homem fugiu para Anísio de Abreu um dia após a divulgação do vídeo, em que os acusados gravam a execução do jovem e que foi amplamente divulgado. Ele estava na residência de parentes da namorada, que também se encontrava no local, na zona urbana do município.
Foram ouvidas testemunhas, arrecadados objetos e realizadas diversas diligências na tentativa de localizar e prender os envolvidos no assassinato. Até o momento, dois já foram presos e um terceiro segue foragido. O DHPP investiga ainda a possibilidade de envolvimento de mais pessoas no crime.