Caso Lokinho: justiça determina pensão para filha de vítima de atropelamento e nega bloqueio de bens dos envolvidos

A justiça negou o pedido de bloqueio de bens de Lokinho e do companheiro, por não haver “provas de risco de insolvência ou ocultação patrimonial”

O juiz Júlio Cesar Menezes Garcez, da 8ª Vara Cível da Comarca de Teresina, determinou o pagamento de alimentos provisórios no valor de 2/3 do salário-mínimo para Maria Gabryela Ribeiro de Sousa, filha de Marly Ribeiro da Silva, vítima fatal do acidente de trânsito envolvendo o influencer Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho e seu companheiro, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa. A decisão foi proferida no último dia 07. 

  

A auxiliar de serviços gerais deixou uma filha de 9 anos, que hoje mora com os padrinhos
Portal A10+

   

A medida trata-se de um processo de indenização por danos morais e materiais movido pelos familiares da filha da vítima. O juiz concedeu parcialmente a tutela de urgência, determinando o pagamento de alimentos provisórios no valor de 2/3 do salário-mínimo para a menor, devido à presunção de dependência econômica em relação à mãe falecida. No entanto, negou o pedido de bloqueio de bens de Lokinho e do companheiro, por não 'haver provas de risco de insolvência ou ocultação patrimonial'.

Os réus foram citados e têm 15 dias para apresentar contestação. A decisão também retirou o segredo de justiça do processo. 

Novos protestos por justiça

Na última segunda (10), familiares das vítimas do atropelamento realizaram um protesto nas proximidades do local do acidente, em Teresina. O ato, motivado pela possível soltura do marido do influencer, busca chamar atenção para a exigência de justiça. Durante o protesto, pneus foram queimados e o tráfego de veículos foi parcialmente interrompido. Os manifestantes demonstraram revolta e pediram providências em relação ao caso.

  

Familiares de vítimas de acidente fazem protesto contra possível soltura do namorado de Lokinho: "revolta"
Yago Araújo/ TV Antena 10

   

Em entrevista à TV Antena 10, Luzia Ribeiro, mãe de Marly Ribeiro, destacou a revolta após a notícia de que os envolvidos não serão mais levados a júri A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal entendeu o caso como homicídio culposo no trânsito, não havendo dolo eventual

"Por causa da justiça que quer soltar o rapaz, que ele não pode ser solto, ele tem que ficar preso. O lugar dele é na cadeia. Nós queremos justiça pela Marly e a Kassandra. É justiça que nós queremos. Eu fiquei revoltada, fiquei angustiada. Eles não podiam fazer isso. Matou duas mães de família e deixou uma criança com sequelas", disse.

Em outubro do ano passado, a família de Marly Ribeiro da Silva, de 40 anos, que morreu no grave acidente envolvendo Pedro Lopes Lima Neto, o “Lokinho” e seu namorado, Stanley Gabriel Ferreira de Sousa, ingressou com ação na Justiça do Piauí pedindo indenização de R$ 995 mil por danos morais e materiais. A auxiliar de serviços gerais deixou uma filha de 9 anos, que hoje mora com os padrinhos.