(Atualizada às 11h40)
O coronel Ricardo Pires de Almeida, da Polícia Militar do Piauí, suspeito de estuprar uma criança de apenas 11 anos no município de Paulistana, no Piauí, se apresentou no Quartel do Comando-Geral, na manhã desta quinta-feira (31). Havia sido decretada, pela Justiça do Piauí, a prisão preventiva do policial.
O oficial deve prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas pela mãe da criança, em vídeo divulgado nas redes sociais. A mulher afirma que o crime aconteceu na casa da avó da menina. A vítima revelou que já havia sido violentada outras vezes pelo policial.
Em entrevista exclusiva ao A10+, a defesa do coronel, o advogado Otoniel Bisneto informou que ele não se pronunciará sobre o caso, que está sob sigilo. "Vamos manter o sigilo, até porque o caso está sob sigilo, e ainda não tivemos acesso aos autos. No momento, ele não vai se pronunciar. Ele vai ficar no local destinado, diante da prisão preventiva, e vamos trabalhar para que seja feita a revogação", afirmou.
Diante das denúncias, ele será afastado de suas funções militares até o término das investigações, conforme anunciado pela Polícia Militar, através de nota.
Mãe da vítima denunciou o policial: "ele é um monstro"
"Eu estou muito abalada, mas não posso me calar sobre o fato que aconteceu com a minha filha, ela foi abusada por um monstro, o coronel Ricardo, de Teresina. O fato aconteceu na casa dos avós paternos. Eu estava no trabalho, e minha filha me liga aos prantos pedindo: mamãe, vem me buscar. [...] Minha filha relatou que não é a primeira vez, já tem outras vítimas, porque ele já está acostumado, não sei se vão se pronunciar, mas eu não vou me calar", afirmou.
A mulher desabafou que a filha está traumatizada e que não consegue ir trabalhar para dar assistência à ela. "Hoje eu estou com minha filha traumatizada, não estou indo trabalhar, porque sempre tem que ficar uma pessoa com ela. Eu vou fazer o que for preciso para os meus filhos, minha filha tem 11 anos, não joga mais bola, não vai brincar na pracinha com as amigas, mudou tudo, e eu peço justiça. Eu faço um apelo ao governador. Uma pessoa que deveria acolher nossas crianças, está abusando. Do jeito que ele fez com minha filha, ele é um monstro", ressaltou.
Ela clamou para que a Justiça seja feita e destacou que algumas pessoas estariam apoiando o ato do policial, e afirmaram que tudo se tratava de uma "brincadeirinha". "Tem gente querendo me calar, eu não vou me calar. É importante relatar pessoas que estão apoiando esse moço, dizendo: 'Não dá parte, não fala nada, é só uma brincadeirinha'. Eu quero é justiça e vou até o fim porque isso não se faz. Governador, eu quero pedir, tire esse homem, ele tem que pagar por isso. Eu quero justiça ", destacou.