O Ministério Público do Piauí (MPPI), por meio do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), divulgou a atualização do Projeto Alerta Digital referente ao mês de junho. O levantamento registrou 708 boletins de ocorrência relacionados a crimes virtuais no estado, um aumento de 15% em comparação com o mês anterior.
Entre os golpes mais frequentes, o mais comum foi o do “familiar em apuros”, com 164 casos registrados. Em seguida, aparecem os chamados “perigos bancários” (131 ocorrências) e golpes em compras pela internet (121 registros).
De acordo com o Procon, 70% dos crimes virtuais ligados a instituições financeiras foram praticados por meio de falsas centrais de atendimento, nas quais criminosos se passam por atendentes de bancos e convencem a vítima a fornecer dados pessoais.
Os principais pretextos usados pelos golpistas incluem:
- Compra suspeita/fraude (38 casos)
- Problema na conta ou aplicativo (26 casos)
- Oferta de vantagens (18 casos)
Quanto aos meios de contato utilizados, as ligações telefônicas foram o canal mais recorrente (53 registros), seguidas por mensagens via WhatsApp (25 casos).
“O Alerta Digital é uma ferramenta estratégica de prevenção. Monitoramos os golpes mais recorrentes e alertamos a população com base em dados reais. Recebeu ligação dizendo que há um problema na sua conta? Cuidado. Pode ser golpe. Não forneça dados. Fique alerta”, alertou o promotor de Justiça Nivaldo Ribeiro, coordenador-geral do Procon/MPPI.
A atualização dos dados é fruto de uma parceria entre o Procon/MPPI e a Secretaria de Segurança Pública do Estado, com articulação do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GACEP/MPPI). O objetivo é fortalecer a prevenção, oferecendo informações claras e acessíveis à população.