DHPP conclui que policial à paisana matou suspeito para proteger mulher de assalto em Teresina

Indivíduo, acompanhado de outro menor, que já está apreendido, teria agredido a vítima sufocando-a

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu as investigações da morte de um suspeito de assalto no Centro de Teresina, em fevereiro desse ano.

O caso, segundo o delegado Jorge Terceiro, foi definido como legítima defesa praticada por um policial federal à paisana, que reagiu à tentativa de assalto para proteger uma mulher que estava sendo agredida pelo indivíduo, que veio a óbito, e outro, que já foi identificado e encontra-se apreendido. Os envolvidos são adolescentes.

  

Crime ocorreu no Centro de Teresina
Ana Paula Barreira / TV Antena 10

   

"Um policial federal à paisana estava em uma clínica odontológica, quando a senhora foi abordada por dois indivíduos, que a derrubaram ao chão e passaram a agredi-la violentamente com o objetivo de tomar as chaves do carro dela. Quando o policial federal ouviu os gritos de socorro da vítima, ele imediatamente saiu da clínica e se deparou com a cena do indivíduo agarrando-a pelo pescoço, sufocando, enquanto o outro a agredia tentando tomar as chaves. Ele reagiu de imediato, efetuou disparos de arma de fogo", disse o delegado à TV Antena 10 e ao A10+. 

O indivíduo veio a óbito em uma rua próxima ao tentar fugir do local com o outro suspeito. "Ele caiu na rua seguinte, foi acionado o SAMU, mas ele veio a óbito antes do atendimento", destacou o delegado.

Foi instaurado um processo correlato, que estabeleceu vínculo direto entre os fatos. "Identificamos o adolescente que sobreviveu, ele foi apreendido, e o procedimento da morte do outro foi concluído como legítima defesa de terceiros praticada por um policial federal a paisana. O procedimento está muito robusto. Foram feitas varias oitivas testemunhais, anexados arquivos de filmagem que mostram a ação dos indivíduos e a reação do policial", reforçou o delegado.

Os documentos foram remetidos ao Poder Judiciário e caberá ao Ministério Público avaliar todos os elementos e decidir pela denúncia ou solicitar o arquivamento ao juiz, finalizou Jorge Terceiro.