O coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, deu detalhes sobre a investigação que apura os homicídios de Luis Felipe Lima, de 21 anos, e Pedro Henrique, de 18 anos, ocorrido na zona Leste de Teresina na tarde de quinta-feira (02). O intervalo entre os assassinatos foi de menos de uma hora.
Em entrevista ao A10+, o delegado destacou que a polícia investiga o período entre os crimes, que aconteceram na mesma zona da capital. A suspeita inicial é que os dois homicídios tenham sido executados pelo mesmo grupo, porém esta hipótese ainda segue sob análise.
“O espaço entre esses dois, dessas duas condutas criminosas, são pequenos, contudo nós não podemos fazer suposições. A polícia trabalha com indícios, com provas, nós temos meios de investigação para poder chegar ao meio de prova, portanto nós estamos investigando. A informação no caso de que um HB20 preto foi utilizado por vários indivíduos, no outro um carro preto, mas que não diz a marca e cabe agora a polícia estabelecer se tem ligação ou se são carros diferentes, porque é como aquela história, nem tudo que balança cai, nem tudo que reluz é ouro”, disse.
Ele ainda pontou que, apesar da semelhança entre os dois crimes, no intervalo entre as execuções existem “contradições” que estão sendo apuradas na investigação. No caso do bairro Santa Lia, indivíduos encapuzados invadiram a casa e executaram Pedro Henrique, de 18 anos, com vários tiros. O colega dele, Paulo Victor Soares Carvalho, 17 anos, foi baleado e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento. Ao contrário do que havia sido divulgado antes, o jovem não corre risco de morte.
“Entre esses dois pontos há obscuridades, há contradições e a polícia entra justamente na investigação criminal qualificada. Foi feito todo o atendimento, requisitadas as perícias necessárias e colhidos os indícios para que a gente possa, na investigação de seguimento, esclarecer o crime”, comentou ao A10+.
Ainda de acordo com o delegado, Pedro Henrique já tinha sofrido outras tentativas de homicídio. “Nós estamos fazendo, nós já temos alguma informação, tem um deles que inclusive já sofreu um atentado recente lá pelo indivíduo, mas a gente também não pode criar um vetor estabelecendo que foi aquela pessoa. Nós temos que provar quem foi que matou, por que que matou, quando matou e colocá-lo na cena do crime e provar todo o iter criminis”, disse.