Faccionado e comparsa que mataram mulher e amante em Teresina têm prisão preventiva decretada pela justiça

Maria era companheira de Ermerson. Ao descobrir a traição, o faccionado acionou outros membros da facção para executar tanto Davidson quanto Maria

A Juíza Elvira Maria Osório Pitombeira Meneses Carvalho, da Vara Núcleo de Plantão Teresina, decretou nesta sexta-feira (27) a prisão preventiva de Ermerson de Lima Sousa, vulgo “Terrorista” e Lauro Anderson Alves de Sousa, conhecido como “Pé na Porta”, suspeitos do duplo homicídio motivado por uma traição na região da Grande Santa Maria da Codipi, zona Norte da capital. A decisão foi obtida pelo A10+. 

Os corpos das vítimas, Davidson Ryan da Silva Castro e Maria Gleycilene Rego Mendonça, foram encontrados enterrados na noite de ontem em uma área de mata na Vila Padre Humberto. De acordo com informações da polícia, ambos estavam envolvidos em um caso amoroso. No entanto, Maria era companheira de Ermerson. Ao descobrir a traição, o faccionado acionou  outros membros da facção para executar tanto Davidson quanto Maria. 

  

Faccionado e comparsa que mataram companheira e suposto amante em Teresina têm prisões preventivas decretadas
TV Antena 10

   

“No caso em tela, a liberdade do custodiado revela-se comprometedora à garantia da ordem pública, evidenciada pela gravidade concreta da conduta - modus operandi da conduta, em tese, praticada, consistente sob o crime de homicídio possivelmente por motivo fútil após alegado desentendimento, por meio de instrumento dotado de inequívoca periculosidade intrínseca (faca). Ademais, a ordem pública estaria sob ameaça, pois a própria família do custodiado revelou receio de represálias diante do fato de a vítima ser faccionada. Destaco, também, que, a presença de primariedade, bons antecedentes e residência fixa não autorizam, por si só, a concessão de liberdade provisória. Desse modo, a manutenção da custódia do flagranteado justifica-se para garantir a ordem pública, em atenção ao modus operandi, que revela gravidade em concreto elevada, superando o que desponta intrinsecamente do tipo penal, indicando agir mais gravoso e que vulnera a ordem pública, consequentemente”, destacou a magistrada na decisão.


Em entrevista à TV Antena 10, o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Barêtta, detalhou que o suspeito, que é membro de uma facção criminosa, começou a desconfiar da traição e, ao encontrar mensagens comprometedoras no celular da esposa, teria decidido planejar o crime.

De acordo com o delegado, a mulher convivia com o indivíduo há um ano e há dois meses moravam na mesma casa. “Eram diversas discussões. Inclusive ontem pela manhã eles tiveram uma discussão muito grande. Depois cessou. A mulher saiu com uma criança e logo depois ele saiu", contou. 

A investigação aponta que Ermerson de Lima e Davidson Ryan mantinham uma relação de amizade, mas que ultimamente achava estranho a proximidade do amigo com a sua companheira. 


“Ele disse que já estava desconfiado que ela estava traindo ele. E esse rapaz [Davidson] eram acostumados a frequentar a casa um do um outro, beber e usar droga. Ele frequentava a casa dele juntamente com a companheira. O preso inclusive tinha visto algumas mensagens no telefone e tudo. Aí ele reuniu uns outros comparsas dele e resolveu assassinar os dois. Mataram ele com um tiro na cabeça. E deram uma pancada na mulher. Depois fizeram duas covas, uma ao lado do da outra, enterraram os corpos”, declarou o delegado. 

Até o momento foi confirmado a participação de cinco homens no assassinato, sendo um adolescente. Dois estão presos, o adolescente é procurado e outros dois estão foragidos.