Clenilson Sousa Santos confessou à Polícia Civil que é o autor do crime bárbaro contra uma família no Povoado Cajaíba, zona rural Leste de Teresina. Em vídeo do interrogatório obtido pelo A10+, ele dá detalhes sobre a motivação e como teria assassinado os idosos João Francisco de Sousa Lemos e Maria dos Santos Sousa Lemos, e a neta Ana Sofia, de apenas 7 anos.
Ele revelou que matou as vítimas pelo sentimento de raiva e ódio contra a própria ex-companheira, que teria mantido um relacionamento com o filho do casal de idosos e que seria também mãe da criança.
Aos policiais, o indivíduo relatou que teria conhecido a mulher, em Brasília, em um Centro de Recuperação, e que teria sido traído por ela. "A Raiva e a por*a do ódio que eu sentia da mulher", destacou durante interrogatório.
De forma fria, ele detalhou que usou um pedaço de madeira, que encontrou na rua, e uma faca, da casa das vítimas, para cometer o crime. Movido pelo desejo de matar, ele sequer conseguiu lembrar e explicar à polícia quem teria ferido primeiro dentre as vítimas.
"Tudo que estava no quarto, do jeito que eu cheguei, já fui 'emburacando' e fazendo logo", disse o indivíduo acrescentando.
O homem afirmou que estava sob efeito de bebida alcoólica e que não tinha planejado o crime. Ele ainda disse à polícia que não teria violentado sexualmente as vítimas. Clenilson segue preso e o caso em investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Prisão
Clenilson foi localizado na região do bairro Vila Maria. A prisão do suspeito foi realizada pelo Policial Militar do Maranhão, Joswilson Silva, que relatou à TV Antena 10 os detalhes da captura. Segundo o policial, ele foi alertado por um amigo sobre a presença do homem, que estava em uma esquina na região, embriagado e confessando detalhes do crime bárbaro que vitimou avós e uma neta dentro de uma residência.
Ao avistar o suspeito, Joswilson tentou detê-lo, mas Clenilson tentou fugir. A perseguição durou alguns instantes, e o suspeito foi alcançado e preso momentos depois. “Eu estava nas mediações entre o bairro Vila Maria e a Vila Bandeirantes quando um conhecido meu disse ‘o rapaz que fez a chacina lá do povoado estava na esquina embriagado, mas queria fugir e estava com a história que tinha feito isso, tinha feito aquilo’. Ele estava dando detalhes da chacina, de pronto eu fiz o acompanhamento tático. Ele ainda conseguiu virar em algumas ruas, mas consegui alcançá-lo”, relatou.
O policial militar relatou que, apesar de ter dito que cometeu o crime para pessoas que estavam na rua, no momento da prisão, ele negou o envolvimento. “Na hora (da prisão) ele disse que não tinha feito nada, mas ele estava relatando para as pessoas que estavam lá próximas. A todo momento ele negava que não tinha sido ele, inclusive, tive até uma luta corporal com ele, ao tentar imobiliza-lo”, completou Joswilson Silva.
Em entrevista à TV Antena 10 o sargento Frota revelou ainda que existe a possibilidade da criança vítima do crime ter sido abusada. O PM contou ainda que o suspeito possui um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio.
"Desde ontem estávamos em diligências e hoje a tarde as diligências continuaram. Recebemos informes de pessoas da região da Vila Maria e chegando lá foi constatado que ele estava lá. Ele foi abordado e preso e não falou nada. Ele tem um mandado de prisão contra ele por homicídio praticado anteriormente. Existe a possibilidade dele ter feito isso [abusado sexualmente] com a criança, mas só a pericia pode determinar isso", disse.
Família é encontrada morta dentro de residência
Eles foram encontrados mortos no dia 07 de janeiro. O sargento Enaldo, do 5º Batalhão da Polícia Militar, explicou que um familiar deu conta do desaparecimento as vítimas após dois dias.
“O familiar deu pelo desaparecimento deles há dois dias. Ele bateu na porta, ninguém atendeu e acabou que ele voltou aqui e realmente abriu a porta. Ela estava segura só por uma cadeira e notou o mau cheiro e muitos insetos e encontrou a família morta. Segundo o familiar, havia cortes no pescoço do tio do mesmo. A criança estava possivelmente espancada e a mãe estava de bruços. Não deu para averiguar e de forma inteligente ele não mexeu nos cortes. A única coisa que ele disse é que é uma pessoa aleatória veio morar com os mesmos e essas pessoas não aceitaram mais ele, e aí pode ser esse tipo de situação de vingança, alguma coisa do tipo”, relatou o policial à TV Antena 10.