Polícia apura se lojas alvos de operação contra pirataria eram usadas para lavagem de dinheiro

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14), a Receita Federal detalhou os próximos passos da operação

A Receita Federal, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), detalhou os próximos passos da Operação realizada para combater a pirataria e contrabando em lojas de Teresina. O delegado Felipe Bonavides informou que uma investigação está em andamento e que também vai apurar se os dez estabelecimentos alvos eram usados para lavagem de dinheiro.

“Sempre é possível que o crime de aparelhos falsificados, materiais de contrabando, andem junto com outro tipo de criminalidade, que é a criminalidade violenta. Nós temos o indiciamento de pessoas por receptação qualificada no qual houve a venda de celulares roubados, mas não roubo comum, roubo de cargas o que denota um envolvimento com uma criminalidade mais violenta. Não é também descartado avaliar a ligação de pessoas com vendas de produtos como forma de lavagem de dinheiro para outros crimes, como tráfico de drogas, organização criminosa entre outros”, explicou. 

 

Polícia apura se lojas alvos de operação contra pirataria eram usadas para lavagem de dinheiro
Natália Carvalho/ Antena 10

 

Na operação realizada na última quinta-feira (10), o A10+ apurou que entre os estabelecimentos alvos da Operação estão Wang Variedades, MP Acessórios, Importex, Xião Variedades, LS Variedades, Electro Capas, H&W Variedades, Limas Atacado, IG Import, Rei do Tênis, T&T Cell, Emporium Donna. O material apreendido na ação foi avaliado em cerca de R$5 milhões. 

O auditor fiscal da Receita Federal, André Luiz, esclareceu que agora uma parte do material apreendido, por causar prejuízo à saúde do usuário, vai ser destruído, exceto itens de vestuários que, após descaracterizados, podem ser utilizados em ações sociais. Ele também informou que a investigação ainda está em andamento e há um trabalho de identificação de cada delito para encaminhar para a polícia. 

“A Receita Federal faz um trabalho de identificação e caracterização, especificação de cada delito para posterior encaminhamento para a polícia e ao Ministério Público para apuração dos crimes devidos. A investigação ainda está em curso, tudo muito ainda preliminar; é muito cedo para se falar em condução a algum desses empresários”, esclareceu. 

O gerente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Francisco Matias, reforçou que é importante o consumidor comprar produtos com o selo da agência e que eletrônicos sem esse selo correm o risco de explodir. Ele também alertou para a falsificação do selo e divulgou o site para consultar se o produto é verificado.